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Sambas enredo do carnaval carioca 2022 são lançados em álbum

Racismo, pandemia, lenda do guaraná e homenagens a Paulo Gustavo e Martinho da Vila estão entre os enredos revelados nas 12 faixas do disco.

O álbum "Rio Carnaval 2022", da  Editora Musical Escola de Samba (Edimusa) e Universal Music, foi lançada nas plataformas digitais e também em formado de CD com os sambas enredo de 12 escolas do grupo especial do carnaval carioca. As músicas revelam os temas que serão abordados da Marquês de Sapucaí, mesmo que ainda seja incerta a liberação do desfile das agremiações devido à pandemia pela Covid-19.

Ouça aquiaqui.

Com o samba "Não há tristeza que possa suportar tanta alegria" (Felipe Filósofo, Fabio Borges, Ademir Ribeiro, David Gonçalves, Lucas Marques e Porkinho), na voz de Zé Paulo Sierra, a Viradouro exalta o carnaval comparando o desfile de 2022 com o de 1919, o primeiro após a gripe espanhola.

Neguinho da Beija-Flor combate o racismo na letra de "Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor" (J. Velloso, Júnior Fionda, Léo do Piso, Júlio Assis, Diogo Rosa, Beto Nega e Manolo), enquanto o Salgueiro evidencia a luta dos negros com "Resistência" (Demá Chagas, Pedrinho Da Flor, Claudio Gladiador, Leonardo Gallo, Renato Galante e Zeca do Cavaco).

A Portela evidencia a ancestralidade africana com "Igi Osè Baobá" (GilsinhoWanderley Monteiro, André do Posto 7, Bira, Edmar Jr, Paulo Borges, Rafael Gigante e Vinicius Ferreira) sobre os baobás, gigantescas árvores da África. E a Mocidade chega traz "Batuque ao caçador" (Carlinhos Brown, Diego Nicolau, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, Nattan Lopes, J J Santos e Cabeça do Ajax), que exalta o orixá Oxóssi.

A cultura negra também surge nos enredos da Grande Rio e da Tuiuti com "Fala, Majeté! Sete chaves de Exu" (Gustavo Clarão, Arlindinho Cruz, Junior Fragga, Claudio Mattos, Thiago Meinere e Igor Leal), cantado por Evandro Malandro; e "KA RÍBA TÍYE- Que nossos caminhos se abram. O Tuiuti canta histórias de lutas, sabedoria e resistência negra" (Celsinho Mody, Carlos Júnior e Grazzi Brasil).

Martinho da Vila, compositor da Vila Isabel, é homenageado pela escola com "Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho" (André Diniz, Dudu Nobre, Evandro Bocão, Leno Dias, Marcelo Valência, Mauro Speranza, Professor Wladimir e Wanderson Pinguim).

O ator, diretor e roteirista Paulo Gustavo, falecido em 2021, é tema da São Clemente com o samba "Minha vida é uma peça" (Arlindinho Cruz, Cláudio Filé, Braguinha, Caio Tinguinha, Colaço, Danilo Gustavinho, Igor Leal, James Bernardes, Kaike Vinicius e Marcus Lopes).

A Mangueira tem Marquinho Art'Samba interpretando "Angenor, José & Laurindo" (Moacyr Luz, Pedro Terra, Bruno Souza e Leandro Almeida) que celebra Angenor de Oliveira, o Cartola, falecido em 1980; José Bispo Clementino dos Santos, o Jamelão, falecido em 2008; e Hélio Laurindo da Silva, o ritmista, diretor de bateria e mestre-sala Delegado, morto em 2012.

A Imperatriz traz "Meninos, eu vivi... Onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine" (Arthur Franco e Bruno Ribas), em alusão a Dalva de Oliveira e a Lamartine Babo, numa homenagem que se estende a carnavalesco Arlindo Rodrigues, morto em 1987. E a Unidos da Tijuca traz a lenda do guaraná com "Waranã- a reexistência vermelha" (Wantuir e Wictória Tavares).

 

 

 

 

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