Rappers do Pará e Amapá fazem parceria em single autoral

As MCs Ruth Clark e Deeh liberam na próxima sexta, 6, nas plataformas de música, o single autoral 'Black Money'

Enize Vidigal
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As rappers MC Ruth Clark, do Pará, e MC Deeh, do Amapá, inauguram uma parceria de empoderamento feminino negro na cena nortista com o clipe do novo single autoral “Black Money“, que será lançado no próximo dia 6 de novembro nas plataformas digitais e no canal do Youtube da produtora Onça.

Foi por meio das redes sociais que Ruth e Deeh se conheceram e juntas compuseram “Black Money”. A música fala da luta contra o racismo, a misoginia e o machismo. A cantora e compositora amapaense veio a Belém gravar o clipe com Ruth.

“Eu e a Deeh somos amigas há bastante tempo. A gente acha importante a expansão do rap, especialmente o feminino, que é blindado. Somos duas mulheres pretas, jovens, nortistas trampando de forma totalmente independente, contrariando o sistema que nos levaria a servir na casa dos outros ou ao tráfico de drogas. Essa é a nossa superação”, destaca Ruth.

A produção musical ficou por conta do Ver-o-som. E o clipe, sob a produção e direção de Bárbara von Paumgartten, teve cenas gravadas numa pista de skate da Cidade Nova, em Ananindeua, numa loja de conveniência e também em estúdio.

“O trabalho está completo. Criamos a música, gravamos e todos os processos pra finalização envolveu só amigos, pessoas próximas que já conheciam o trampo. O clipe tá muito lindo”, elogia a cantora paraense.

Ruth Souza, a MC Ruth Clark, nasceu em Tucuruí, no Sudeste Paraense. Ela iniciou a carreira no teatro, mas, em 2016, amadureceu como poeta e passou a participar de batalhas de MC’s em Belém. “Quando comecei, pensava que não tinha muitas mulheres no rap, mas tem muitas mulheres sim, que são invisibilizadas não apenas no rap, como em outras áreas da vida”, destaca. Ela participa regularmente do Battle Girl Power, batalha de rappers femininas de Belém, iniciada em 2018, e que se mantém de forma on-line durante a pandemia com 16 participantes.

A produção de Ruth é marcada por mensagens de empoderamento negro e feminino, como nas músicas autorais “Ubuntu”, “Gente preta I e II” e na nova “Espelho”. Ruth participou de eventos consagrados, como “Rock in Rio Guamá” e “Psica Festival” e abriu shows de cantores de relevância nacional como Nego Max e Mv Bill. Em 2019, ela teve o clipe “Gente Preta II” selecionado para 12ª Mostra Curta Audiovisual, de Campinas, em São Paulo.

Já Ana Débora, a MC Deeh, atua na cena do hip hop amapaense independente e mantém conexão com os artistas do rap nacional. Ela iniciou na música como vocalista da banda Maniva Venenosa, mas iniciou a carreira solo enveredando pelo breaking dance - um dos cinco elementos característicos do hip hop -, integrou o único grupo de break feminino do Amapá, o F.A Flavor Bgirls, e, criou o estilo TrapFunk, que mistura rap e funk.

Em 2018, ela lançou o primeiro de alguns projetos audiovisuais solo, que foi chamado de “Meu bonde é esse”, um ineditismo para a época. Deeh foi premiada no Festival de imagem e movimento (FIM), no ano seguinte.

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