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MC Íra lança o EP de estreia 'Opala'

O carro-chefe do EP é a faixa “Menina Pretinha”, com bets de Ashira, rapper de projeção nacional.

Com informações do Metrópoles

MC Íra lança o EP de estreia “Opala” nesta terça-feira, 17, com cinco faixas de músicas autorais. O trabalho da rapper paraense é marcado por vivências que passam pela autoestima do povo preto, religiosidade, denúncia do extermínio da juventude negra e críticas ao racismo e à realidade do povo brasileiro.

“Opala” será disponibilizado em todas as plataformas de música e também no canal da artista no Youtube. O projeto recebeu financiamento pela Lei Federal Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Cultura do Estado do Pará (Secult). A produção é assinada pela Psica Produção.

Entre as fortes mensagens de crítica e deboche que marcam o trabalho de Íra, o “Opala” celebra a religiosidade da artista trazendo a referência a Ogum. “Sou de religião de matriz africana, Candomblé de Ketu. Ogum é o orixá que rege minha vida”, celebra. A primeira faixa, “Exu que fez”, “é uma homenagem a ele e também eu falo um pouco sobre genocídio de jovens pretos”, conforme explica.

O nome do álbum é alusivo à pedra homônima que, comumente tem aparência branca com efeito multicolorido (arco-íris), mas que possui raros exemplares de cor negra, considerados mais valiosos. “É uma pedra que sempre achei linda e sempre gostei muito”.

O carro-chefe do EP é a faixa “Menina Pretinha”, com bets de Ashira, rapper de projeção nacional, e contou com a participação especial de Wmate-u, artista de Icoaraci. “A letra fala sobre autoestima da menina e do menino preto”, descreve. As outras faixas do projeto são “Menina de Ouro”, “Sem Descanso” e “No Baile”. Outros que assumiram bets no projeto foram Navi Beats e Donloco. A masterização e mixagem foram feitas por Erick Di.

“Eu falo (nas minhas músicas) de um todo, sobre ser mulher negra, autoestima, genocídio da juventude negra e o meu encontro com axé”, revela Íra. O cenário atual de pandemia pela Covid-19 também é mencionado nas letras de MC Íra.

Trajetória

Íra é a abreviação de Maíra Mendes Rocha Gomes. A paraense de 20 anos iniciou na música em 2019 como produtora de música e poesia para outros rappers, além de além de desenvolver trabalhos fotográficos de videomaker e colagem. Inclusive, ela produziu o Battle Girl Power, batalha que fomentou a cena do rap feminino em Belém. E, desde abril do ano passado, assumiu a própria carreira de MC e compositora, lançando o primeiro single “Flow Vira-Lata”.

Ela revela a dificuldade que enfrentou para ser aceita nesse meio musical, que é majoritariamente masculino. “Somos (nós, mulheres) naturalmente invisibilizadas na cena do rap. Era raro ter mulheres na batalha e como MCs”, recorda. Essa realidade mudou com o empenho de várias artistas que conquistaram espaço no ambiente do rap, seja nas plateias como nos palcos.

“Foram anos de esforço para isso acontecer”, destaca Íra. Ela avalia que a presença de mulheres na cena do rap fortalece o sexo feminino, ajudando a pavimentar o caminho de novas artistas e a consolidar as MCs que já têm uma carreira..

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