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Em novo single, Márcio Moreira canta guitarrada paraense com Lia Sophia

"Te Quis de Cara" marca parceria dos músicos paraenses em novo passo do projeto solo de Moreira

Lucas Costa
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Márcio Moreira foi acostumado a circular nos bastidores de projetos de artistas de grande projeção no Brasil, como Ney Matogrosso, Baby Consuelo, Erasmo Carlos e Laila Garin; mas guardava o lado compositor e intérprete para depois. Jornalista de formação e executivo do segmento musical há quase uma década, ele decidiu pôr sua veia artística à frente desta vez, e dar voz às composições, que vêm sendo reveladas em formatos de single atualmente.

A mais recente faixa de Márcio é uma parceria que apresenta suas raízes paraenses, “Te Quis de Cara”, onde divide os vocais com Lia Sophia. A canção foi lançada na final de fevereiro em todas as plataformas de música, junto a um lyric vídeo disponível no YouTube. A música é a segunda do projeto, inaugurado pela parceria com o gigante da música Roberto Menescal, “As Cores das Flores”.

“Te Quis de Cara” surgiu de uma outra parceria de Márcio, desta vez com o guitarrista Luiz Lopes, com quem trabalhou junto nos bastidores das gravações de “Quem Foi Que Disse Que eu não faço Sambas’”, de Erasmo Carlos.

Terminado o projeto com Erasmo, Lopes criou uma “legítima guitarrada”, que mesmo sem letra, já tinha a cara do Pará, segundo Márcio. “Era justamente o tempero do Norte que faltava no meu disco. Corri e escrevi uma letra bem apaixonada, na levada dos nossos bregas paraenses e mandei na cara e na coragem para a Lia Sophia”, conta.

O convite para Lia Sophia veio como uma aposta, e também de um passado de admiração mútua e memória afetiva. “Lia tinha um bar com a melhor música ao vivo da cidade. Lembro-me de dançar o repertório mais agitado e de ficar encantado com as interpretações sempre precisas da Lia. Com o passar do tempo, já no Rio, comecei a cruzar com ela nos eventos da indústria da música e sempre trocamos cumprimentos e sorrisos de quem se conhece e se admira mutuamente”, relembra Márcio. Sobre o dueto, ele continua: “Trilhei o caminho que ela trilhou lá atrás e agora ela está me dando essa mão generosa, com sua voz irretocável, abrindo mais espaço para minha música! Ô sorte!”. 

Sonho fora do papel

O primeiro disco de Márcio Moreira deve ter um total de 10 faixas. Ele revela que o nome do projeto ainda não foi definido, mas deve ter relação direta com o que o primeiro passo na carreira como artista representa. “É uma referência à minha volta, de partir novamente para a música como artista, porque trabalho como executivo de gravadora há quase 10 anos, mas antes já participava de festivais de canções, era compositor”, conta.

“Eu digo que o primeiro disco de um artista é essa visita ao baú de memórias, então tem canções de 10 anos atrás, canções de agora, canções de dois anos atrás…”, diz.

Com Lia Sophia e Menescal já participantes do projeto, Márcio conta que o álbum deve contar com outras duas participações nos vocais, ainda não confirmadas.

Márcio descreve seu disco como “brasileiro”, trazendo um pouco de diferentes gêneros, passeando por cenários que vão desde a guitarrada até o samba. Os diferentes estilos se justificam pela forma como o artista compõe, pensando em outras vozes.

“Eu sempre escrevi canções, antes de ser executivo da indústria, antes de trabalhar em gravadora, eu já era um cara que estava ligado a música através da palavra [...]. Isso sempre fez parte de mim, e eu cresci compondo, nunca deixei de compor, mas sempre compus pensando em vozes que viessem a me gravar, então eu compunha pensando na Nana Caymmi, na Gal Costa, Marisa Monte”, relembra.

Compondo sempre pensando nas grandes vozes, Márcio viu que era ele quem precisava tirar suas composições do papel. Incentivado pelo cenário da pandemia, ele vislumbrou o momento certo para tirar o sonho do papel.

“Diante da pandemia, infelizmente pessoas tão queridas acabaram morrendo, amigos próximos que perdi ao longo dessa estrada, isso tudo me fez repensar essa coisa de esperar que alguém me viesse gravar um dia. Foi então que tive a decisão de que eu mesmo iria botar voz nas minhas canções [...]. Sabendo que a iminência da morte está tão presente com a gente nessa pandemia, eu tive que ser proativo e tirar os sonhos da gaveta”, justifica Márcio.

O projeto deve seguir no formato de lançamento de singles, até que as dez faixas sejam reveladas completando o projeto.  “Nesse disco você vai encontrar canções que pensei na voz do Frejat, na voz do Lenine, que pensei na voz da Gal, mas que eu acabei dando vida para que elas saíssem da minha gaveta”, conta.

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