Dona Onete retorna aos palcos no Festival Mana, que inicia nesta sexta-feira, em Belém

Evento que exalta a arte produzida por mulheres segue até o dia 2 de dezembro, e terá ainda shows de Fruto Sensual, Layse e As Sinceras e Luedji Luna

Lucas Costa
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Um encontro que celebra a arte produzida por mulheres, seja na Amazônia ou por todo o Brasil, abre suas portas a partir desta sexta-feira, 26. O Festival MANA 2021 desembarca no Teatro do Sesi, com shows presenciais de Layse & As Sinceras e da banda Fruto Sensual. No sábado, 27, é dia do palco ser ocupado pelo show Vozes da Floresta: Naieme e Tamboiara, e o retorno de Dona Onete aos palcos, em um show ao lado da Mestra Bigica.

“Estou muito feliz, estou felicíssima!”, comemora Dona Onete sobre finalmente poder retornar aos shows presenciais. Fora dos palcos com público presente desde o início da pandemia, ela celebra ainda a volta em um evento que celebra a arte feita por mulheres.

Dona Onete recebe no palco a Mestra Bigica, uma das integrantes do icônico grupo de carimbó Sereia do Mar. Ela é uma das fundadoras do grupo, que teve origem em 1994, e é o primeiro de carimbó formado quase exclusivamente por mulheres no Pará. Mestra Bigica é autora da maioria das músicas do grupo, que abordam o cotidiano do local onde moram as musicistas, a Vila Silva, em Marapanim, nordeste paraense, As canções falam ainda da relação com a natureza e também das questões de gênero, do universo feminino. Mesta Bigica é filha de Dona Mimi, que faleceu em 2020. Era ela quem liderava o grupo e também era conhecida como uma grande tocadora de curimbó. Atualmente, Bigica é uma das mais representativas Mestras de Carimbó do Estado, e a voz do grupo Sereia do Mar.

“Filha de Mestra é Mestra também”, diz Dona Onete sobre a convidada que vai receber no palco do Teatro do Sesi. “Estou muito feliz porque conheci a mãe e ela também já me conhece um pouquinho. Ainda não conheço bem o trabalho dela, mas se vem de lá dessas mulheres maravilhosas, que tomaram a linha de frente no carimbó, eu sei que vai dar tudo certo. A música delas é linda, a musicalidade está lá”, completa Dona Onete.

A cantora paraense, que levou o carimbó chamegado para todo o mundo, fala ainda da felicidade em celebrar não apenas o carimbó dentro do Festival Mana, mas a importância da presença feminina na história do ritmo do Pará.

“O empoderamento das vozes das mulheres tá muito forte, e a gente aqui no Pará também está engrossando esse caldo. A Aíla veio já lutando por isso a muito tempo, e agora estamos lá para ajudar também a engrossar mais ainda. Vamos fazer mais forte ainda o movimento, principalmente com a Bigica. Vamos ver o que a Bigica traz. Sei que vai ser carimbó bonito”, defende Dona Onete.

O Festival Mana, que tem programação híbrida em 2021, também apresenta dois shows em formato audiovisual. Nesta sexta-feira é exibido um show do projeto inédito que reúne Luedji Luna, um dos grandes nomes da MPB contemporânea; e Patrícia Bastos, cantora do Amapá. No sábado, as telas do Teatro do Sesi serão iluminadas pelo show do grupo de carimbó Sereia do Mar, da Vila Silva, do município de Marapanim. Ambos os shows também ficam disponíveis no canal do festival no YouTube, no dia 28 de novembro.

Para celebrar as expressões

O Festival Mana 2021 segue até o dia 2 de dezembro, com uma série de programações que incluem painéis de debate, oficinas, mostra audiovisual, grafite e projeções mapeadas nos centros urbanos do Brasil. Toda a programação do evento fica disponível no site www.festivalmana.com.

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