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'Desaglomerô': Em single de estreia, AQNO faz viagem ao sci-fi pop amazônico

Misturando brega paraense e reggae maranhense, artista de Marabá abre caminhos para lançar primeiro disco

Lucas Costa
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Um década de música dedicada às casas noturnas e eventos de Marabá e sudeste do Pará, deram a Diego Aquino estrada suficiente para lançar seu primeiro trabalho autoral. Agora sob o nome artístico AQNO, ele lança o single “Desaglomerô”, que chega às plataformas de música nesta sexta-feira, 27. Produzido em São Luís, o lançamento conta ainda com videoclipe gravado no centro de histórico da capital maranhense, já disponível no canal do artista no YouTube.

Aos 33 anos, AQNO se define como um homem “cheio de amores”. Mas, com os sentimentos aflorados pela pandemia da covid-19, isolado na casa de familiares no interior do Pará, foi uma paixão específica quem inspirou a letra.

“Compus em meio a várias inquietações emocionais e pessoais, mergulhado em ansiedade, carência e saudade de trocar afeto com os meus. ‘Desaglomerô’ é para um amor em específico, interrompido pela pandemia, que até hoje não reencontrei. A canção fala exatamente da esperança desses reencontros depois que todo esse cenário caótico passar”, explica o cantor e compositor.

O videoclipe não é menos intenso do que a lírica. Com imagens gravadas em locações no centro histórico de São Luís, a produção retrata o personagem AQNO, um terráqueo em estado de solidão, caos e isolamento, que recebe uma tentativa de comunicação do planeta saturno. A narrativa faz uma referência à volta de saturno, evento que ocorre quando o planeta completa uma volta inteira ao redor do sol, cerca de 30 anos. Na astrologia, o período é conhecido por trazer caos emocional, marcando uma fase de amadurecimento e evolução de consciência.

“O clipe de ‘Desaglomerô’ fala de metamorfose, metamorfose do caos. O clipe traz esse recorte, dessa ansiedade, carência, dessa depressão que todos vivenciamos na pandemia e como isso nos transforma, e fazendo um paralelo a esses 10 anos de trajetória que tenho feito até aqui e como isso me transformou”, explica AQNO, que viu na produção a oportunidade de mostrar um processo pessoal de evolução.

O processo de metamorfose de AQNO também se estende ao seu álbum de estreia, “O Retorno de Saturno”, com lançamento previsto para 24 de setembro. No trabalho, a metáfora da volta de saturno é usada em um sentido que vai além da astrologia, mas reflete as mudanças que ocorrem com a passagem do tempo. 

Falando do alto dos seus 33 anos, o artista apresenta o que viveu na última década, cantando composições feitas ao longo desse período, sendo a mais antiga delas de 2011. Outra metáfora de amadurecimento ganha forma no disco: a da cigarra, inseto que passa por três fases ao longo da vida, sendo que uma delas, a subterrânea, pode levar até 17 anos. 

“Estou falando no álbum de um processo que foi muito subterrâneo para mim. Essas canções falam de processos subterrâneos afetivos, emocionais, e agora eu saio desse casulo, desse lugar subterrâneo para contar todas essas histórias. Essas afetividades, essas emoções de 10 anos, e de seis anos como homem gay vivendo com HIV, que também já foi uma questão que eu tive que superar por muito tempo. Então hoje estou apto a sair desse lugar subterrâneo, com essas canções, com toda essa trajetória, e poder cantar, reproduzir, entrar no meu momento reprodutivo”, justifica AQNO.

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