Mestres de Marabá ganham documentários com suas histórias e tradições

O projeto agrega cinco documentários, que são independentes e que tratam sobre os saberes e a tradição

O LiIberal
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Quem quiser conhecer mais e se aprofundar na vida de mestres e mestra das tradições da cultura popular do município de Marabá, sudeste paraense, vai ter oportunidade por meio do projeto “Entre Rios e Memória”, com documentários que mostram para o mundo um pouco da história e da tradição de cada um deles. Idealizado pela Produtora Cultural Clara Morbach e Pelo Artista Visual e Designer Livando Malcher, os documentários estão disponíveis no site .

O projeto agrega cinco documentários, que são independentes e que tratam sobre os saberes e a tradição de Zé do Boi (Boi Bumbá), Dona Zefinha (Benzedeira), Seu Chengo (Pescador), Seu Sérgio (Artesão Naval) e Seu Manoel (Divino Espírito Santo).  

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Clara Morbach explica que o projeto surgiu a partir do seu envolvimento com a produção cultural do município e do desejo de registrar e salvaguardar sobre a história e bandeira que cada mestre carrega.

“O projeto nasceu de uma relação que eu já venho construindo há alguns anos principalmente no bairro do Cabelo Seco, e essa relação foi se aprofundando e desse desejo antigo surgiu a oportunidade de materializar o projeto por meio do Edital de Arte e Cultura do FCP junto da parceria do Livando Malcher do Estúdio Ingá”, conta Clara Morbach.

Depois do trabalho de levantamento e pesquisa, no último mês de outubro foram realizadas as gravações e, na sequência, o trabalho de edição e finalização. Clara diz que eternizar os saberes por meio do audiovisual é uma forma de transmitir conhecimento e manter a cultura viva para as novas gerações.

“É importante que a juventude saiba a história do seu lugar e território, e quem são aqueles que guardam a nossa identidade. É uma forma de reconhecer a importância destas pessoas, destes Mestres”, completa a produtora cultura.

Memórias de Boi Bumbá

Conta a história de José Rodrigues da Silva, o Mestre Zé do Boi. Dos seus 72 anos de idade, 32 foram e são dedicados para a tradição do Boi Bumbá. “Eu sou apaixonado pelo Boi. Pra não deixar a cultura morrer eu mantenho isso aqui e meu apoio é essa juventude que tá me acompanhando. Quero deixar tudo pra eles, pra eles falarem, foi o Zé do Boi que deixou”, resume.

Mãos de Cura

É sobre a Mestra nas Artes da Cura, Dona Zefinha, que é muito procurada para cuidar de casos que a medicina moderna. “Quando tem gente com cobreiro no hospital, a doença do cobreiro é pesada, e nesse dia mandaram me chamar...eu vou, não nego, eu sei que lá tem os médicos, mas é como eles dizem, ‘nós somos médicos, mas você é outra doutora’”.

A terceira margem

É sobre o pescador, mais conhecido como Seu Chengo, ele aprendeu a arte da pesca com o pai, Seu Dito. Hoje, aos 77 anos, ele segue a vida entre o rio e o cais nesta orla de tantas lembranças. “Pra nós é muito importante esse rio aqui, é um tesouro. Porque ele tem tudo, muitas espécies de peixes aqui, é pouca espécie que não tem, a maioria tem aqui. Aqui a gente se banha quando tá inverno ou verão, banha no rio mesmo. A maioria do pessoal faz questão de estar aqui, no rio”, conta.

Nome que corre nos rios

Mestre Sérgio ancorou em vários portos antes de escolher Marabá como o próprio cais. Nascido em 1953 na comunidade de Carapajó, no município de Cametá, conheceu o ofício de Artesão Naval ainda na adolescência. “Comecei na média dos 14 a 15 anos. Naquela época todo mundo começava a trabalhar cedo, arrumar uma profissão, e eu já tinha um começo na minha cidade, porque em Cametá tem estaleiro grande, construção de barco de todo tipo”, lembra.

Fé e Folia

Manoel puxa um andor que atravessou Estados e também séculos. Nascido em 1939 em Marabá, ele é o quinto Imperador da Festa do Divino Espírito Santo do Bairro de Santa Rosa e leva adiante junto com a Esposa dele, Dona Lúcia, uma tradição trazida pelos pais dele para a região.

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