MC Poze vira réu por tortura contra ex-empresário; Justiça nega pedido de prisão

Funkeiro e mais seis pessoas foram denunciados pelo MPRJ. Justiça aceitou a denúncia, mas negou prisão preventiva e bloqueio de bens

Hannah Franco
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A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPRJ) contra o cantor Marlon Brendon Coelho, conhecido como MC Poze do Rodo, por tortura e cárcere privado cometidos contra seu ex-empresário, Renato Medeiros. A decisão é da 11ª Vara Criminal da Comarca da Capital, que reconheceu indícios suficientes para que o funkeiro e outros envolvidos respondam como réus no processo criminal.

Além de MC Poze, também foram denunciados e agora são réus: Fábio Gean Ferreira da Silva (Loirinho), Leonardo da Silva de Melo (Leo), Matheus Ferreira de Castilhos (Tiza), Maurício dos Santos da Silva, Rafael Souza de Andrade (Casca) e Richard Matheus da Silva Sophia.

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Caso ocorreu em 2023

De acordo com o MPRJ, o crime teria ocorrido em fevereiro de 2023, na casa de MC Poze, localizada no bairro de Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Renato Medeiros, ex-empresário do cantor, teria sido mantido em cárcere privado por cerca de uma hora e meia, sob intensas agressões físicas e psicológicas.

O objetivo das agressões seria forçar Medeiros a confessar o furto de parte de uma pulseira de ouro do cantor. Segundo a denúncia, mesmo após a devolução do objeto, o ex-empresário foi mantido no local, onde sofreu socos, chutes, queimaduras com cigarros e golpes com um objeto artesanal — uma espécie de bastão de madeira com pregos.

Um laudo pericial confirmou que a vítima teve fraturas, lesões graves e deformidades permanentes como resultado das agressões.

MC Poze já havia sido preso em maio de 2025 pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Civil do Rio. Na ocasião, a Polícia apontou que suas músicas faziam apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas, além de incitar a violência entre facções criminosas.

Justiça nega prisão e bloqueio de bens

Apesar de aceitar a denúncia, o juiz responsável negou o pedido de prisão preventiva de MC Poze e dos demais acusados. A Justiça também rejeitou o pedido de sequestro de bens no valor de R$ 300 mil, solicitado pelo MPRJ para garantir uma possível indenização por danos morais e materiais à vítima.

A decisão determina que os sete réus sejam citados formalmente e apresentem defesa no prazo de 10 dias.

Além dos sete acusados de tortura, outros três indivíduos vão responder por falso testemunho, por supostamente tentarem encobrir o crime com versões inverídicas durante as investigações conduzidas pela 42ª DP (Recreio).

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