Festa Literária Internacional de Paraty terá autores paraenses na programação

Escritores da Amazônia apresentam trabalhos na programação paralela da Flip, no Rio de Janeiro

Vito Gemaque
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A 17ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) começa hoje, 10, com homenagem ao escritor Euclides da Cunha e a presença de autores paraenses na programação paralela. A literatura não ficará restrita ao espaço oficial da feira. Durante os quatro dias da Festa de Paraty, que vai até 14 de julho, a cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro se transforma no centro da cultura literária no Brasil, com escritores brasileiros consagrados, novos nomes, estrangeiros e escritores de todos os cantos do Brasil, inclusive o Pará.

Na programação oficial o destaque paraense será a jornalista Cristina Serra, nascida em Belém, e que ganhou o País pelas reportagens escritas no Jornal do Brasil, na revista Veja e nos telejornais da Rede Globo. Cristina falará sobre o livro-reportagem "Tragédia em Mariana: história do maior desastre ambiental do Brasil" (Record). A publicação é resultado de uma série de reportagens para o programa Fantástico, da TV Globo, realizadas entre 2015 e 2016.

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Já na programação paralela a criatividade não tem limite em Paraty. Um exemplo é a Antiga Cadeia Pública da cidade, localizada no centro histórico, que se transformará pela primeira vez na Cadeia Literária. Nela participarão os escritores paraenses Nicodemos Sena e Alfredo Garcia. A editora Letra Selvagem, do jornalista santareno Nicodemos Sena é um dos apoiadores do espaço. O jornalista lançará o livro "Ladrões nos celeiros: avante, companheiros!", um longo poema concebido durante os anos 2015 e 2017. 

"A Flip conseguiu esta projeção que envolve toda a cidade e vem pessoas de todo o Brasil e do mundo. Durante quatro dias a cidade pulsa literatura e arte, tem shows musicais e muitas atividades de literatura. É uma bela vitrine para escritores que vêm se relacionar com livreiros e leitores. Espero que adquiram nossos livros", adianta Nicodemos, que participará de uma mesa redonda. Também na Cadeia Literária e com outra obra política estará Alfredo Garcia com o livro "Comícios", que tem poemas escritos durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef.

"Este é um espaço que a literatura da Amazônia deve se inserir mais como um todo, porque é extremamente criativa, mas fechada somente no nosso espaço geográfico. A saída até Paraty mostra que produzimos material com qualidade", enfatiza. Na capital paraense, os livros "Ladrões nos celeiros: avante, companheiros!" e "Comícios" podem ser encontrados na Livraria Fox da travessa Doutor Moraes, nº  584, no bairro de Nazaré.

ABERTURA

Walnice Nogueira Galvão, especialista na obra de Euclides da Cunha, faz a conferência de abertura da Flip 2019, que ganhou o título de Canudos. O título das mesas faz referência ao livro Os Sertões e seus cenários. Entre os convidados estão o cineasta português Miguel Gomes, que prepara o filme Selvajaria, uma adaptação de Os Sertões; a escritora e cordelista Jarid Arraes; o historiador José Murilo de Carvalho; o dramaturgo Zé Celso Martinez Corrêa; a cantora Adriana Calcanhotto e o quadrinista Marcelo D'Salete, entre outros. A curadoria da Flip é de Fernanda Diamant.

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