Luiz Arnaldo lança o livro de contos 'Ventos da Terra', no Rio

O cineasta radicado em Belém estreia na literatura.

Enize Vidigal
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O cineasta Luiz Arnaldo Campos estreia na literatura com o livro de contos “Ventos da Terra” (Mórula Editorial). Carioca radicado em Belém, ele lançou o livro na capital paraense, no mês passado, e se prepara para o lançamento no Rio de Janeiro, no próximo dia 28, antes de seguir com a obra para São Paulo.

O autor costura a ficção em retalhos de contos a partir de fatos históricos que perpassaram os séculos. “O que sonhou a mãe paraguaia antes de enviar o filho para ser morto na guerra pelo Exército Brasileiro? Que delícias antegozou o caeté que iria devorar o Bispo Sardinha? Qual foi a última oração dos últimos defensores de Canudos?”, são questionamentos que dão o tom do suspense criativo de Luiz Arnaldo.

“Ventos da Terra” é um livro de histórias contadas sobre eventos da História do Brasil que se ocultou sob a terra, especialmente nas guerras, como a do Paraguai, a Cabanagem, a Guerra de Canudos, a Copa de 58, a Revolta da Chibata, a morte de Lampião e Maria Bonita, entre outros.

image Capa (Marcos Barbosa/ Divulgação)

Literatura e cinema

A fronteira entre a direção de cinema e a literatura encontra uma interseção na narrativa das histórias, discorre Luiz Arnaldo: “No fundo, estamos sempre contando histórias. Mas, na literatura, a carpintaria é diferente. Trata-se de polir as palavras e as frases. Não sei como explicar, mas existem histórias que são para serem escritas, outras ditas e outras filmadas. Um bom contador sabe reconhecer o melhor caminho para cada uma delas”, define o escritor.

Entre os filmes lançados por ele estão o “A descoberta da Amazônia pelos turcos encantados” (2009), “Chama Verequete” (2002), “Aikewara: a ressurreição de um povo” (2017, com Celia Maracajá), “Depois do Vendaval” (2019, com José Carlos Asbeg e Sérgio Péo) e de séries como “Diários da Floresta” (2018) e “Transamazônica: utopias na selva” (2021). Ele é graduado em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mora em Belém desde 1996.

Inspiração

A inspiração para escrever o livro veio de um sonho. “Sonhei com a primeira frase do primeiro conto ‘Voluntários da Pátria’. Sonhei com a frase, não sonhei com a imagem. Então, desde o início, eu sabia que seria um livro”, revela. Antes desse livro, ele havia publicado dois artigos em forma de livro, escritos em parceria com Edmilson Rodrigues.

A recepção de “Ventos da Terra” tem sido positiva. Escritores conhecidos, como Betty Mindlin, Cid Benjamin, Gilberto Maringoni elogiaram bastante a obra de Luiz Arnaldo.

Lançamento e vendas

O lançamento do livro no Rio será realizado na Estação Net Rio, às 19h. Na ocasião, será exibido um dos longa-metragens do diretor com Célia Maracajá, “Aikewara- a Ressurreição de um povo” (2017), vencedor do Prêmio de Melhor Filme do Festival do Filme Etnográfico, em 2021.

O livro pode ser encontrado em Belém na Livraria Ifá e também encomendado pelo site da Mórula Editorial.

 

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