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Luedji Luna lança álbum 'Um Mar Pra Cada Um' com participação especial de artistas nacionais

O novo álbum é tratado como o trabalho mais honesto da artista e destaca os seus sentimentos mais profundos e desconhecidos

Gustavo Vilhena*
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Na última segunda-feira (26), a cantora e compositora Luedji Luna lançou seu novo álbum, "Um Mar Para Cada Um". Quarto trabalho de estúdio da artista, o disco mergulha em sua intimidade para explorar a carência que a acompanha ao longo da vida — um contraste com os álbuns anteriores, que iniciavam uma investigação filosófica sobre o amor. Aos poucos, as faixas revelam a dimensão oceânica dos desejos de Luedji, disfarçando questões profundas e traumas que justificam sua busca por amar e ser amada.

A trilogia: uma apresentação filosófica

Os discos BMDA e BMDA Deluxe marcaram o início dessa jornada. O primeiro trouxe uma perspectiva plural, com participações de mulheres negras e reflexões filosóficas sobre o amor. Já o segundo revelou o lado humano e contraditório da artista. O álbum que encerrou a trilogia navegou pelo íntimo de Luedji, equilibrando o "amor oceânico" e a carência presentes em suas letras.

"Um Mar Para Cada Um": cura e autoconhecimento

Em entrevista, Luedji explica:

"Fiz esse disco para investigar, além do meu desejo, a minha carência — que gera essa busca incessante. Ele surge para eu curar minha versão do passado, que inventava amores como única forma de habitar o amor. E para entender que sou digna de ser amada, porque, como todo ser humano, sou divina. Aqui, encontro o amor supremo, como em 'A Love Supreme' de John Coltrane. Por isso, os sopros têm presença massiva neste trabalho."

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Faixas e colaborações

O álbum traz 11 faixas, com participações especiais:

  • Nubya Garcia, Liniker, Tali e Takuya Kuroda em "Dentro Ali", "Harém", "Salty" e "Baby, Te Amo", respectivamente.
  • A última faixa, "Beatriz Nascimento", recita um poema da intelectual homônima usando inteligência artificial — uma homenagem póstuma.
  • O instrumental "Gênesis", com regência dos baianos Bira Marques, Bruno Mangabeira, Nei Sacramento e Ângelo Santiago, destaca-se pela atmosfera cósmica.
  • Sopro como símbolo espiritual

Luedji ressalta a importância dos instrumentos de sopro:

"O sopro anima a vida, está presente nas cosmogonias, como a cristã. A palavra 'espiritualidade' vem do latim 'spiritus' (sopro). Ele é o veículo; o amor, a fonte. Por isso, 'Gênesis' abre com um saxofone."

Trajetória

Nascida em Salvador, Luedji acumula indicações ao Grammy Latino de 2021, por "Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água" e participações em projetos como "Colors" e "Tiny Desk". Em 2024, foi a voz da abertura da novela "Renascer" (Globo). O novo álbum reflete processos terapêuticos recentes e, para ela, representa seu trabalho mais honesto — um mergulho inédito em autoconhecimento.

(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)

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