Jovens de comunidades indígenas contam sobre a experiência com o audiovisual

O Projeto Telas em Movimento vai promover uma live nesta segunda (31), às 19h30

Bruna Lima
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A 4ª edição do projeto Telas em Movimento encerra com bate-papo e divulgação dos filmes produzidos por jovens de diferentes comunidades da região do Tapajós, onde o projeto atuou. A organização do evento programou uma live, para esta segunda (31) com a participação de Priscila Tapajowara, como mediadora, e Darlon Neres e Juci Bentes, jovens diretores. A live será transmitida pelas redes sociais do Tela em Movimento, às 19h30.


O projeto iniciou atuando nas periferias, em 2019, mas no ano passado acabou expandindo para as comunidades tradicionais da Amazônia como uma rede de colaboração, desta forma as comunidades podem usar como ferramenta pedagógica e de emancipação para contarem suas próprias histórias.

 

Nesta 4ª edição o projeto atuou em duas comunidades da região do Tapajós e dois dos filmes produzidos nestas vivências foram selecionados e exibidos na Mostra Ypê da última edição do Festival de Cinema Latino-Americano de Alter do Chão, realizada em novembro do ano passado: O curta "O Mistério da Mangueira", dirigido por Juci Bentes, e o filme "Turismo no PAE Lago Grande", dirigido por Ricardo Aires, que disputaram vaga com outras tantas produções nacionais de periferia. A mostra fez uma curadoria de filmes de comunidades ribeirinhas e indígenas com linguagem experimental, produções de baixo custo e equipamentos alternativos, com foco nas realidades brasileiras.

 

Juci Bentes, integrante da comunidade de Suruacá, na Resex Tapajós-Arapiuns, em Santarém, reflete que com o uso do audiovisual, é possível denunciar e mostrar os acontecimentos dos próprios territórios. Histórias que muitas vezes são contadas por pessoas de fora.

 

A jovem disse ainda que a produção do filme foi realizada em agosto do ano passado durante os dias de oficina em sua comunidade. "A oficina foi dividida em teoria e prática. E durante a conversa sugeri uma história baseada em fatos reais, algo que ocorreu com a minha família. O restante da equipe concordou e eu fiz a direção", destacou a jovem.

 

Juci diz que participar do projeto resultou de forma positiva para a sua vida, pois sempre teve o sonho de participar de grandes festivais, mas se imaginava como atriz e foi surpreendida ao ver uma produção sua na grande tela durante o festival de Santarém.


"Eu sempre achava que iria como atriz, mas fui como diretora e agora sei muito bem o que quero para minha vida. Esse filme me ajudou a mergulhar muito mais no universo do audiovisual e muitas portas se abriram", destacou a jovem.

 

A 4° edição do Telas em Movimento, o Telas Em Rede, contou com patrocínio da Lei Aldir Blanc por meio da Secretaria de Cultura do estado do Pará e Governo Federal. A vivência na Aldeia Vista Alegre do Capixauã teve apoio do Projeto Saúde e Alegria e Escola de ativismo, e a vivência na comunidade de Vila Brasil, no PAE Lago Grande, foi realizada em parceria com a ONG Fase Programa Amazônia. 

 

O Telas em Movimento é realizado pela Negritar Filmes e Produções em parceria com diversas produtoras audiovisuais e culturais e tem como principal objetivo democratizar o acesso ao cinema, estimulando uma nova dinâmica de criação, percepção e recepção da sétima arte nas periferias da Amazônia. Sua primeira edição aconteceu em 2019, em Belém, e beneficiou toda a cadeia do audiovisual, incluindo seus agentes e receptores em várias regiões periféricas e ilhas da capital do estado. 

 

Durante a pandemia, o Telas em Movimento retomou as comunidades e realizou as ações “Fica no teu setor”, “Telas contra a Covid-19” e o “Telas da Esperança”, mobilizando alimentos, kits de higiene, difundindo informação acerca da Covid-19 e incentivando as crianças à imaginação criativa através dos seus desenhos. Em 2021, na sua terceira edição, trouxe a pauta da inclusão digital a partir temática “Navegações Inclusivas”, que contou com palestras, oficina de vídeo minuto, circuito de cineclubes, mostra de filmes e de vídeo mapping, bate papo virtual com os artistas e ativistas Dira Paes e Babu Santana, além de uma homenagem à Leona Vingativa, artista LGBTQIAP+ e digital influencer paraense “conhecidíssima como a noite de Paris”.

 

Agende-se:

 

Live: Telas em Rede: Conectando juventudes, ancestralidades e lutas no Baixo Tapajós

 

Medição: Priscila Tapajowara 

 

Participação: Leonara Kumaruara (Aldeia Vista Alegre do Capixauã) e Darlon Neres (PAE Lago Grande)

 

Data: 31 de janeiro

Horário: 19h30

 

Transmissão ao vivo pelo instagram do Telas em Movimento: @telas_emmovimento

 

Para acessar todos os filmes produzidos nesta edição do Festival de Cinema das Periferias e Comunidades Tradicionais da Amazônia: https://www.youtube.com/c/TelasemMovimento 

 

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