Grupo ‘Circo Matutagem’ apresenta a peça ‘O Extraordinário Circo Necessário’ em Belém
O espetáculo é o encerramento das apresentações que percorreram escolas da capital paraense desde o dia 2 de junho

O novo projeto do grupo Circo Matutagem encerra suas apresentações nesta quinta-feira (12), na Usina da Paz do Benguí, e convida o público para um momento de conscientização sobre a preservação do meio ambiente. O coletivo atua há seis anos nos palcos paraenses e aborda, de forma cômica, temas relevantes em seu repertório de espetáculos lúdicos. Com entrada gratuita, a última apresentação do espetáculo "O Extraordinário Circo Necessário", que percorreu diversas escolas de Belém, começa às 13h30 e também inclui a realização de oficinas com foco na conscientização ambiental.
A criação do espetáculo "O Extraordinário Circo Necessário" integra um novo projeto do Circo Matutagem, que também realiza oficinas artísticas com temática ambiental. Realizado nos meses de maio e junho, o workshop Teatro do Oprimido alcançou jovens de diversas escolas e comunidades da capital paraense, como a EETEPA – Colégio Integrado Prof. Francisco Nunes da Silva, na Marambaia; o Movimento República de Emaús, no Benguí; e a Comunidade da Tenda de Umbanda Rompe-Mato e Jarina, no Guamá. A atividade abordou o tema “Racismo Ambiental”, buscando instigar o público a participar de debates sobre problemáticas e soluções que podem ser adotadas em cada território.
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A partir dessas oficinas, foi criado o espetáculo "O Extraordinário Circo Necessário", que trata da conscientização ambiental com base nos seis “R’s” da sustentabilidade: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar, Reparar e Reciclar. Com o objetivo de fomentar o debate sobre a crise climática, o projeto incentivou alunos da rede pública a pensar em cuidados práticos com o meio ambiente, promovendo reflexões sobre os impactos da crise global na população mais vulnerabilizada e estimulando o protagonismo juvenil nas comunidades periféricas.
Com estratégias lúdicas desenvolvidas para cada faixa etária, o projeto aproxima a temática da preservação ambiental da realidade dos estudantes, incentivando o desenvolvimento crítico e social dos alunos e possibilitando que eles se tornem agentes de mudança em seus territórios. Durante o mês de junho, o espetáculo esteve em temporada, circulando por cinco escolas da rede pública. Cada apresentação foi acompanhada por oficinas de criação de bonecos com reaproveitamento de materiais e de horta vertical, com distribuição de mudas e sementes.
A atriz Ana Marceliano expressa sua alegria em levar o projeto às escolas:
“A gente fica muito feliz de levar um trabalho como esse para dentro das escolas, porque proporciona que os alunos tenham contato com uma experiência teatral que é também pedagógica, pois traz bastante conteúdo para a conscientização ambiental.”
Já a diretora convidada, Paula Nayara, reforça:
“O espetáculo provoca, através do humor, um olhar atento e responsável para o destino dos nossos resíduos sólidos. A dupla de palhaços ensina a importância de conhecer os seis ‘R’s da sustentabilidade. É por meio da ludicidade que o circo nos leva a repensar o valor de cada material e o quanto isso pode ajudar na redução dos resíduos que são simplesmente descartados.”
Financiado pelo edital Multilinguagens da Fundação de Cultura de Belém, com recursos da Lei Aldir Blanc 2024, o projeto já passou pelas escolas EMP Prof. Francisco Nunes, na Marambaia, e EM Dilma Cattete, no Satélite. O espetáculo circulou pela Escola de Aplicação da UFPA, na Terra Firme; EM Paulo Maranhão, no Guamá; e encerra esta etapa de apresentações na Usina da Paz do Benguí. A apresentação tem cenas que abordam os seis “R’s” da sustentabilidade enquanto os palhaços Rubervaldo e Marcelita buscam soluções sustentáveis para repensar os números tradicionais do circo, transformando lixo em arte.
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