Golb Carvalho lança projeto para retratação de espaços históricos de Belém

Artista plástico pretende produzir 30 obras sobre a capital paraense

Vito Gemaque
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O artista Golb Carvalho retratará nas telas os espaços históricos de Belém ao vivo nas ruas. O novo projeto do artista plástico pretende elaborar cerca de 30 pinturas de espaços importantes para a cidade de Belém. A ideia de Golb, que reside há sete anos em Belém, é resgatar a memória e valorizar os monumentos históricos de Belém. Outros projetos similares já foram realizados nas cidades de São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Mariana (MG) e Ouro Preto (Mg).

O primeiro lugar que o artista decidiu começar foram as samaumeiras da praça Batista Campos, conhecidas por serem ninhos de garças. Durante as manhãs o artista irá com cavalete, tela, pincéis e tintas reproduzir esses locais sob a sua ótica. “Vou colocar os cavaletes, pintar e fazer um trabalho forte com enfoque na preservação da história de Belém. Belém está viva, é celeiro de arte, cultura e história”, declarou.

Golb pretende utilizar a luz das manhãs para dar um aspecto impressionista na retratação dos locais tão conhecidos pela população paraense. Ao mesmo tempo, o artista também publicará nas redes sociais o desenvolvimento dos quadros. “Hoje, aqui em Belém, não é comum ver um artista pintando na rua. Estou há sete anos e nunca vi nenhum artista na rua pintando, não com pincel e cavalete”, enfatizou.

Golb também é conhecido pela produção de obras parietais (como são conhecidas as obras em paredes). Nos mais de 45 anos como artista plástico, ele contabiliza no total mais de cinco mil produções. No currículo carrega exposições em galerias internacionais de Lisboa (Portugal), Madri (Espanha), Colônia (Alemanha), e vários Estados no Brasil como Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. O artista também ganhou a Medalha de Ouro no Salão Paulista de Belas Artes, Medalha de Ouro no Salão Figurativo de Piracicaba, e Medalha de Bronze pela Associação Paulista de Artes.

Dentre os locais belenenses presentes no planejamento para pintar estão a praça Batista Campos, o Ver-O-Peso, os casarões do Comércio, o coreto da praça da República, e outros. Além de locais conhecidos dos paraenses, Golb também pesquisará pontos comuns, mas que são importantes para a história. “Por exemplo, pintar aquela esquina que tem importância para Belém por ser onde Batista Campos viveu, pegar pontos que são históricos para a cidade”, declarou.

Ele planeja terminar todos os quadros até dezembro e se preparar para uma exposição com todas as pinturas para o aniversário de Belém no próximo ano. “Quero ver se consigo fazer essas telas até dezembro para uma grande mostra. Buscando a preservação, a conscientização, do cuidado com o patrimônio, com esse apelo”, garantiu.

“Esse projeto surgiu da necessidade para que as pessoas vejam a riqueza que tem nas mãos, a riqueza que tem em Belém, que está sendo vilipendiada, esquecida e deixada de lado. Alavancar o desejo para o poder público, estado ou prefeitura, para preservar mais o que está se perdendo. Tem casarões caindo, eu sofro com isso. Eu queria que um casarão daqueles fosse uma escola de pintura, de arte em Belém, e estão se perdendo. Cada tijolo que cai é um pouquinho da alma da pessoa que construiu e vivenciou aquilo com amor”, reflete.

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