Galeria Theodoro Braga completa 45 anos

O aniversário é celebrado com exposição do acervo. Cerimônia realizada ontem, terça-feira, 15, homenageou artistas e técnicos.

Enize Vidigal
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A Galeria Theodoro Braga, da Fundação Cultural do Pará (FCP), um dos mais importantes espaços expositivos da arte contemporânea no estado, completa 45 anos. O aniversário é celebrado com a exposição do acervo intitulada “Entre Recortes e Memórias”. A cerimônia de abertura, na noite de ontem, foi tomada de depoimentos e homenagens aos profissionais que se destacaram na história da galeria e também aos artistas que mais expuseram no espaço. A exposição fica aberta à visitação até o próximo dia 30.

 

 

A mostra reúne 54 obras, entre objetos, pinturas, gravuras, esculturas e fotografias, que são uma pequena amostra do extenso acervo pertencente à galeria. Entre os artistas com obras na exposição, estão Branco de Melo, PP Conduru, Antar Rohit, Elieni Tenório, Walter Firmo e o Coletivo Vênus.

“Muitos artistas tiveram a oportunidade de mostrar os trabalhos ali. Já expus lá várias vezes, inclusive, a minha segunda (exposição) individual, quando me passou a segurança de que o meu trabalho estava sendo entendido por profissionais do meio artístico”, conta a artista plástica Lise Lobato, que participa da mostra com uma escultura de cabeça em cerâmica, e foi uma das homenageadas no evento.

“O critério para a seleção das obras foi constituir uma expografia que possa contar a história da galeria, a forma com que ela se insere na cidade abrigando as manifestações e a cultura popular, como o Círio de Nazaré, e trilhando caminhos que passam por expressões artísticas do Brasil e do mundo”, explica Renato Torres, técnico em gestão cultural da galeria, que assina a curadoria da mostra ao lado de Eliane Moura.

image "Entre Recortes e Memórias" comemora 45 anos da Galeria Theodoro Braga. (Sidney Oliveira)

Na programação de aniversário, os artistas que realizaram o maior número de exposições na galeria receberam certificados de reconhecimento. O campeão é o artista plástico Geraldo Teixeira, que expôs 21 vezes no local, entre individuais e coletivas. “Cheguei a expor no Theatro da Paz, onde funcionou inicialmente a Theodoro Braga”, recorda. A galeria se mudou para o prédio da fundação cultural (antigo Centur) quando a instituição foi criada, em 1986.

“A Theodoro Braga tem uma importância muito grande no fomento da cultura e das artes visuais aqui no estado. Uma galeria tão longeva no Brasil é uma raridade. Ela é, de fato, o berço da turma de artistas que estão atuando”, destaca Teixeira.

Outros artistas homenageados na cerimônia foram Elieni Tenório, Ruma e Emanuel Franco - pois os dois primeiros expuseram 13 vezes no local, e o terceiro, 12 vezes -, além de Maria Christina, Rosângela Brito, Walda Marques, Paula Sampaio e Luciana Magno.

O evento também contou com depoimentos, como do artista visual Tadeu Lobato, e um vídeo da fotógrafa e produtora cultural Tamara Saré, que são ex-dirigentes da galeria.

A Theodoro Braga foi criada em 1977, por decreto do governador do estado, Aloysio Chaves. O nome do espaço homenageia o pintor, chargista, educador, historiador, geógrafo e advogado paraense, que estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e na Academia Julian, em Paris. Desde que a galeria se mudou para a FCP, recebeu 349 exposições envolvendo 743 artistas e gerando mais de 300 obras em acervo, que atraíram cerca de 127.909 visitantes (média de 367 pessoas por mostra).

 

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