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Fora da Caixinha: projeto estimula habilidade das crianças longe dos aparatos tecnológicos

Iniciativa da terapeuta ocupacional Clarice Costa e da jornalista Tainá Cavalcante traz alternativa lúdica e divertida para os pequenos

Ana Carolina Matos
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Ocupar a mente longe das telas azuis, arregaçar as mangas e colocar as mãos na massa. Esse foi o ponto de partida da terapeuta ocupacional Clarice Costa e da jornalista Tainá Cavalcante. Juntas, elas criaram o projeto "Fora da Caixinha", uma alternativa lúdica e divertida para aguçar a criatividade, estimular a concentração, coordenação motora e desenvolver o senso de organização dos pequenos. Tudo isso dentro de uma caixa com diversas possibilidades e experimentos para as crianças.

A iniciativa surgiu como uma alternativa para que a criançada que, em meio às preocupações com a pandemia de covid-19, de repente se viu em casa com pouco ou quase nada como opção para gastar energia e focar as atenções. Neste contexto, o uso de smartphones, tablets e videogames foram alguns itens de "fuga" para os pais e responsáveis que, igualmente confinados, não viam tantas opções para oferecer como entretenimento dos pequenos.

Na dúvida sobre o que fazer para entreter a afilhada de uma das idealizadores do projeto, Clarice e Tainá lançaram mão da criatividade para proporcionar algo divertido e prazeroso que descartasse os aparatos tecnológicos. "O Fora da Caixinha surgiu por uma demanda pessoal. A afilhada de uma de nós tem bronquite e aí não pode sair de jeito nenhum por ser grupo de risco. Como ela sempre gostou muito de inovar, pintar, procurar coisa pra fazer, a gente começou a desenvolver atividades pra ela e vimos que isso era uma demanda muito maior. Foi quando a gente decidiu que faria algo mesmo pra venda. Se espelhando e inspirando no que a gente já fazia pra ela", detalha Clarice.

Estímulo a diferentes habilidades

O conteúdo do "Fora da Caixinha" é dividido em quatro nichos de atividades, cujas tarefas serão renovadas ao longo das edições. O primeiro é de laboratório, para o mini cientista; o segundo nicho é ecológico, voltado ao meio ambiente; o terceiro é de culinária, para as atividades de mini chefe e o quarto é o DIY (Do it yourself), que significa faça você mesmo. A primeira edição segue até o final deste mês com os itens de sabonete caseiro, meu pé de feijão, cookies e massinha de modelar. 

image A jornalista Tainá Cavalcante e a terapeuta ocupacional Clarice Costa, idealizadoras do projeto (Uiara Cavalcante)

"As crianças recebem os kits com cada uma das atividades e com os materiais necessários para fazer cada uma delas. Elas também recebem um caderno de instruções, que tem espaço para ser customizado e vai com giz de cera. Também idealizamos um box explicando de que forma aquela atividade vai estimular e criança a desenvolver habilidades específicas. Além disso, os pais recebem um vídeo tutorial para cada atividade", explica a terapeuta ocupacional.

Clarice detalha ainda que proporcionar atividades como as propostas pelo projeto instiga nas crianças maiores noções de organização e responsabilidade, além do orgulho de ter realizado uma tarefa sozinhas. "As crianças têm gostado muito porque são atividades que elas não imaginavam fazer. E é muito legal saber que tu fizeste aquilo, que aquele material tá pronto por tua causa", enfatiza.

De acordo com as idealizadores, a recepção também foi acima do esperado. No último dia 18 de junho, data em que foi lançado, o projeto, feito de forma totalmente artesanal, recebeu os pedidos que foram estimados para 30 dias. "No início, a gente não sabia como ia ser, mas já no primeiro dia a gente recebeu um número de pedidos que a gente esperava para o mês inteiro. Então foi uma correria mas tá sendo uma demana boa e crescente. As pessoas estão compartilhado no grupo de mães, da escola, do condomínio", comenta Clarice. 

Além disso, Tainá e Clarice dão preferência a produtos de fornecedores paraenses, como uma maneira de estimular também o crescimento de mini-empreendedores locais. "A gente faz absolutamente tudo. As caixinhas são pedidas de Belém mesmo, com fornecedor do bairro do Tenoné. A essência é de uma lojinha pequena daqui. O vasinhos são de Icoaraci. A gente também fez a logo e estampa da caixa com uma designer paraense... Então a gente sempre tenta, ao máximo, pedir de fornecedores paraenses, às vezes não tem como, mas queremos reforçar o microempreendedor daqui", ressalta Clarice.

No início de agosto, o projeto renova as atividades dos kits, mantendo os quatro nichos propostos. Os kits custam R$50 e podem ser adquiridos por meios dos números (91) 98031-3311 e (91) 98184-9679.

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