Feira Afro Criativa em Belém: evento celebra economia criativa e empreendedorismo feminino

O evento gratuito terá venda de artesanatos, arte, cultura e apresentações musicais, a partir das 9h, no Quilombo da República, localizado na Praça da República

Amanda Martins

A Praça da Reública, em Belém, vai se tornar palco no próximo domingo (24), da 1ª Feira Afro Criativa da Fogoyó Ialodês. O evento, que ocorre em alusão ao Dia Internacional de Luta das Mulheres, comemorado no último dia 8 de março, promete reunir uma diversidade de empreendedoras da economia criativa e multiartistas. Além oferecer espaço para o empreendimento familiar de mulheres, destacando o protagonismo feminino, a iniciativa também conta com uma vasta programação cultural com shows e apresentações. A feira vai de 9h até às 15h, no Quilombo da República, um dos lugares de atuação do Centro Estudos e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA). O evento é aberto ao público.

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Vanessa Mendonça, idealizadora do projeto, destacou a importância da feira como parte de uma preparação para encontros, feiras e exposições que partirão da COP 30, agendada para 2025 na capital paraense. Para ela, o evento tem como foco gerar desenvolvimento econômico para os expositores, estimulando a geração de renda e fortalecendo a economia criativa.

"A exportação de ganhos ao mesmo tempo que promove inclusão social, diversidade cultural e desenvolvimento humano, ela abraça aspectos econômicos, culturais e sociais que interagem com objetos de tecnologia", falou sobre a motivação do projeto.

Entre as atrações que vão animar o evento estão a Banda Fogoyó, Banda Afro Axé Dudu, Pisada Cabôca, contemplado pelo edital de multilinguagens da Lei Paulo Gustavo e a Fundação Cultural do Município, e o Sarau em Movimento; além das artistas, DJ Jack Sainha, Luanda Mulambo, Samilly Maré Cheia e Ode Lomi. 

Expectativa 

A artesã Ingrid Martins é uma das várias empreendedoras que estarão na feira criativa. Ela irá levar a loja Dengo Acessórios, a qual é uma das proprietárias ao lado do companheiro, Gabriel Falcão, que busca valorizar a beleza negra e promover a autoestima por meio de peças exclusivas e artesanais.

image A artesã Ingrid Martins e o companheiro Gabriel Falcão (Divulgação)

"Estamos planejando levar uma variedade incrível de peças únicas. Teremos as bolsas que viram toalhas, conhecidas como 'adirê'; as shoulder bags, joias de prata, que trazem elegância e beleza a qualquer look. E, é claro, os fios de contas de Orixás, que carregam consigo toda a simbologia e tradição da cultura afro. Cada peça é confeccionada com muita dedicação e amor, valorizando a autenticidade e a arte em cada detalhe", declarou.

Indria se diz muito animada para participar da feira por ser um espaço aberta a diversidade e talentos paraenses que estão presentes na economia criativa do Estado. "Essa iniciativa contribui para o desenvolvimento econômico sustentável e para a promoção da inclusão social. Estamos muito feliz em fazer parte desse evento que apoia e valoriza a criatividade e o empreendedorismo", afirmou a artesã.

image Multiartista Ana Silva (Divulgação)

Já a multiartista Ana Silva irá levar três títulos autorais e artesanais para vender na Feira Afro Criativa: 'Rolê Político-poÉtico', que são poesias, crônicas e um percurso doutoral de Silva; 'Um Cordel para Ivone', dedicado à vida e obra de Dona Ivone Lara; 'Corpo-quilombo', nome de um poema escrito por Ana que se tornou livro. Ela também irá comercializar foto-colagens e produções/fotos de personalidades negras emolduradas.

"A minha expectativa [em participar] é que seja um marco na história das mulheres negras enquanto lideranças na arte, no cuidado e no mercado justo e próspero", afirmou Ana Silva, que está animada para visibilizar suas obras no evento.

A multiartista está com perspectiva que a feira abre espaço para boas vendas. "Algumas pessoas já conhecem o meu trabalho e estão finalizando positivamente a Feira Afro e as produções, isso me ativa bastante e acredito que será um momento de boas vendas e bons encontros", declarou. 

Sobre a importância da iniciativa, ela pontou a oportunidade de "caminhar com mulheres que lideram e abrem portas as quais" a mesma se identifica. "É também um ativismo antirracista por meio da economia criativa", complementou Ana. 

SERVIÇO 

1ª Feira Afro Criativa da Fogoyó Ialodês

Data: 23 de março;
Horário: 9h às 15h;
Local: Quilombo da República;
Entrada gratuita. 

 

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