Fabíola Tuma abre exposição fotográfica individual na noite desta quarta-feira (30) em Belém
Fotógrafa produziu registros com o objetivo de mostrar um outro lado da floresta amazônica, para além dos estereótipos

A fotógrafa Fabíola Tuma abre a exposição "Ao longo dos anos pela Amazônia" nesta quarta-feira (30) na Casa Namata, na avenida Conselheiro Furtado, em Belém. A mostra fica em cartaz até o fim de maio e reúne fotografias produzidas pela artista em alguns municípios do Pará. Entre os destaques estão registros feitos nas ilhas do Combu e do Maracujá, na região insular de Belém, e também em Santarém, na região do Tapajós.
Em entrevista ao Grupo Liberal, Fabíola ressalta que as imagens captadas por suas lentes vêm do olhar da infância e da vivência entre os rios e as correntes de águas tão presentes na sua essência enquanto paraense nascida em Belém, mas, conhecedora de diversos lugares que também nasceram às margens dos rios do Pará, em razão do trabalho do pai, o engenheiro civil Elias Tuma, que viajava a trabalho e morou em várias cidades paraenses. "Acredito que seja um tema do meu agrado não só por eu gostar disso hoje em dia, mas, por ter a ver com a minha infância", comenta a artista.
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Fabíola contou que passou alguns dias na casa de uma família ribeirinha e, entre cliques espontâneos e planejados, produziu registros com o intuito de mostrar outro lado da floresta amazônica, para além dos estereótipos.
“É uma preocupação minha mostrar que a Amazônia é diferente do que as pessoas de fora enxergam, porque elas veem uma Amazônia sem pessoas, que não é urbanizada, que não tem suas complexidades, como se fosse exótico”, diz a expositora.
Com algumas obras em preto e branco, a artista explica que a escolha por tons neutros está relacionada ao desejo de intensificar a dramaticidade dos enquadramentos registrados. “Eu precisava que o observador entendesse as silhuetas, a sombra. Isso é o branco. A luz solar”, pontua.
Artista plástica e diretora comercial do Grupo Liberal, Rose Maiorana prestigiou o evento, como convidada, e elogiou o trabalho: “Eu acho a Fabiola maravilhosa. Ela fez fotos lindas. É muito rico o material”.
Ela também incentivou profissionais da fotografia a explorarem com mais frequência as regiões ribeirinhas e áreas de mata do Pará, destacando a riqueza visual e cultural desses territórios para novos registros. “A natureza não está morta, está cada vez mais viva. Todos os fotógrafos e artistas têm que pegar um barco e ir atrás dessas imagens lindas”, disse Rose Maiorana.
Fotógrafos como Tarso Sarraf, Miguel Chikaoka, Iza Girard e Rao Godinho também prestigiaram o evento de lançamento da exposição fotográfica de Fabíola Tuma.
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