Exposição ‘Última Tarde’ de Felipe Ferreira, abre ao público na próxima sexta-feira, 9
Em sua segunda exposição individual, Felipe Ferreira aprofunda suas relações com a pintura

A exposição “Última Tarde”, do artista plástico Felipe Ferreira, traz elementos dramáticos nas obras expostas. Sob a curadoria de Mateus Nunes, a mostra foi uma das contempladas com o prêmio Branco de Melo, da Fundação Cultural do Pará. O resultado poderá ser conferido na Galeria Ruy Meira, na Casa das Artes, de 09 de junho a 28 de julho, com visitas gratuitas de 09h às 17h. Entre as cenas formadas pelas pinceladas de Felipe, fragmentos da arquitetura urbana se destacam na luz melancólica de um fim de tarde.
Em sua segunda exposição individual, Felipe Ferreira aprofunda suas relações com as artes plásticas, a memória e o luga, pintando cenários que ficam no limiar entre a realidade e o sonho. A curadoria de Mateus Nunes procura evidenciar as escolhas de Felipe, construindo ao visitante possibilidades de apreensão das técnicas e intenções narrativas das obras.
VEJA MAIS
Felipe Ferreira destaca que sua carreira começou, de forma mais séria, no tempo de estudante, mas que sua proximidade com as artes plásticas é mais remota. “A ideia de ser artista começou a reverberar em mim durante a graduação, quando passei a conhecer mais artistas, técnicas e possibilidades de produzir artisticamente, mas desenho e pinto desde a minha pré-adolescência. É como se a arte sempre estivesse alí como válvula de escape”, explica Felipe. “Com a exposição “Última Tarde” busco apontar minha visão pessoal sobre recortes do espaço urbano, convidando os visitantes a participar desse universo que, apesar de ser particular, é compartilhado por muitos que também se permitem ter a cidade como um objeto de contemplação”, afirma o artista.
Os trabalhos reunidos em “Última Tarde” buscam transitar entre o senso do cotidiano e a percepção de um momento extraordinário. Se utilizam de cenários comuns - como os detalhes do letreiro das casas, seus gradis e medidores elétricos - para contar, através da passagem da luz, histórias que somente olhos atentos e sensíveis são capazes de captar . São no total 49 obras, que utilizam a técnica do óleo sobre tela para passear entre fato e ficção, transformando Belém em um arquétipo para todos os lugares, ao mesmo tempo em que enfatiza singularidades que só quem vive a cidade das mangueiras consegue perceber.
Recortes da Amazônia
Felipe Ferreira nasceu em Belém, cidade onde vive e trabalha. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará, atualmente o artista-arquiteto direciona sua pesquisa à representação de recortes da Amazônia Urbanizada e suas paisagens, ora construídas pelo homem, ora intocáveis como o céu. São registros sensíveis de elementos que compõem o cotidiano popular do morar na região norte do Brasil. Debatendo sobre identidade, memórias, afetos e pagamentos inscritos no universo que envolve a relação indivíduo-construção.
SERVIÇO
Exposição A Última Tarde, de Felipe Ferreira
Curadoria de Mateus Nunes
Galeria Ruy Meira - Casa das Artes
(Rua Dom Alberto Gaudêncio Ramos, 236)
Vernissage: 07 de junho de 2023, a partir das 19h
Visitação: 09 de junho a 28 de julho de 2023, de 09h às 17h
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA