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Experiente artista amazonense, Zeca Nazaré estreia exposição em Belém

Pintor, desenhista e artista gráfico, ele apresenta obras digitais em “Meu Universo Visual”

Enize Vidigal
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O artista amazonense Zeca Nazaré estreia a primeira exposição em Belém, “Meu Universo Visual”, na terça-feira, 10, no Cultural Banco da Amazônia. Pintor, desenhista, cenógrafo e artista gráfico com uma trajetória iniciada nos anos 70, ele traz à capital paraense 20 ilustrações de arte digital que evidenciam elementos da fauna e flora amazônicas e do cotidiano ribeirinho representados em cores vivas e traços contemporâneos. A vernissage será às 18h30. A entrada é franca.

A mostra foi contemplada com o Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais 2022. A exposição fica aberta à visitação pública gratuita até 17 de fevereiro.

José Nazaré da Silva, o Zeca Nazaré, chegou a Belém esta semana para fazer a montagem da exposição. O nome José, ele herdou do pai português, e o segundo nome, Nazaré, herdou da mãe, não tendo relação com a devoção à Padroeira do Pará. Zeca era o apelido de infância que se tornou parte do nome artístico.

Exposição de Zeca Nazaré

Atualmente, com 70 anos, ele sempre realizou trabalhos com publicidade, direção de arte e cenografia em paralelo às artes plásticas. Já esteve no Pará algumas vezes, inclusive, como diretor de arte de um filme rodado em Cametá, no Nordeste Paraense. Mas é a primeira vez que ele se apresenta como artista no lado de cá da Amazônia.

“Essa exposição foi apresentada em Manaus, inicialmente. Foi bem recebida lá, teve crítica positiva e resolvi inscrever no edital do Banco. Basicamente, todos os trabalhos são inéditos, mesmo trabalhando em arquivo digital estou sempre reciclando-os, são sempre novos”, explicou.

“Desde a década de 70, trabalho como artista, com isso, trabalhei muito tempo com publicidade, mas sempre tb nas artes plásticas. Nos anos 90, comecei a migração do trabalho para o computador e me adaptei a produzir as coisas no computador”, recorda Zeca. Hoje, todo mundo trabalha com arquivo digital. Embora eu seja das antigas, eu consegui me adaptar à nova tecnologia, teve gente da minha geração que não conseguiu”.

“Pássaros, flores e grafismos retratados digitalmente pelo artista para a exposição representam a relação do homem com a natureza, seus barcos, canoas e festas de beiradão e fogem do exótico e do folclórico. Propõem reflexão e não apenas uma imitação do universo amazônico”, explica o curador da exposição Renan Freitas Pinto, escritor, pesquisador e professor titular da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Segundo ele, Zeca Nazaré é autor de uma nova visualidade Amazônica: “Um dos traços de seu processo criativo é o da aproximação que ele promove entre a arte e a tecnologia com uma estética contemporânea e universalista, buscando reinventá-la nas vibrações de suas cores, de seus sons e silêncios, por meio de sua oficina artesanal às infinitas possibilidades da computação gráfica”.

“Cores é uma constância do meu trabalho de muito tempo. Exploro a identidade amazônica, exploro bastante a fauna, a flora, o desenho das canoas e barcos, de como é a vida no interior. É um trabalho contemporâneo, com o uso da tecnologia”, define o artista.

Trajetória

As obras de Zeca Nazaré já foram apresentados em exposições coletivas e individuais em cidades brasileiras e também no exterior. Na Bienal de São Paulo de 1976, ele expôs a instalação Projeto Aldeia, contendo paneiros indígenas com bananas que foram amadurecendo e sendo comidas pelos visitantes.

Zeca também ilustrou capas de livros, cartazes para shows e peças de teatro e, devido a essa participação ativa, foi escolhido Artista Plástico do Ano em 1981.                                   

As gravuras em serigrafia e litografia, produzidas por ele na década de 90, pela Editora Yamagos Glatt, de São Paulo, estão em várias cidades brasileiras e do exterior. Em 2005 foi editado pela UFAM o livro “Zeca Nazaré – pintor, desenhista e artista gráfico”.

Nos últimos anos vem se dedicando também a reproduzir suas obras em grandes formatos, como painéis pintados à mão e em outros suportes como peças de vestuário o que amplia a visibilidade de seu “Universo Visual” para vários públicos.

 

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