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Emicida lança segundo livro infantil: ‘E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas’

Com ilustrações de Aldo Fabrini, a obra ajuda crianças a lidar com o medo do escuro

Redação Integrada do Grupo Liberal
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Teve um momento em que Emicida percebeu que era preciso chegar mais cedo na vida das pessoas, preenchendo vazios e ausências com referências bonitas. Foi esse entendimento que levou o rapper a fazer a sua estreia como escritor, em 2018, com o livro infantil Amoras.

Ele acredita que, se falarmos com as crianças sobre as questões importantes da vida, elas se tornam mais fortes na hora de enfrentar as maldades do mundo. É justamente a aflição na escuridão, que é tão dura a ponto de calar a sede de aventura, que se torna tema central do segundo livro do artista. E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas tem ilustrações de Aldo Fabrini e chega ao mercado pela Companhia das Letrinhas.

Foi em uma noite em claro, durante uma viagem ao Vietnã com a família, que Emicida se debruçou sobre papel e caneta para fazer rimas sobre a escuridão. Quando o dia amanheceu, o novo livro infantil estava pronto. A experiência da paternidade colaborou na rapidez do processo criativo.

"Minha filha mais velha já não tem medo do escuro, mas a mais nova ainda tem. Pensando nos momentos em que ela acorda e temos que passear pela escuridão cantando baixinho, ficou muito mais fácil escrever o livro", revela Emicida.

Na jornada, as personagens se deparam com o desconhecido e se encontram com a personificação do medo e da coragem. "Quantas coisas bacanas deixamos de fazer por medo?", questiona Emicida em uma indagação que se estende aos adultos.

Ele ressalta, contudo, a importância de enxergar as diferentes imagens às quais o sentimento pode estar ligado, para além daquelas sugeridos em filmes de terror. "É o medo que faz a gente ser cuidadoso com a realidade. Existe o medo de magoar alguém, por exemplo. Por isso, ele surge na história como um conselheiro muito preocupado. Mas assim como todo bom amigo, ele também tem de saber a hora de ficar quieto", define.

Dessa forma, o livro propõe que o medo não seja visto como algo naturalmente mau, mas como uma coisa que precisamos colocar no devido lugar. E nos convida a entender a sua importância sem deixá-lo ocupar o centro da nossa existência — para, assim, abrirmos o caminho para a felicidade.

Por mais que o livro tenha sido concebido nos últimos dias de 2019, em um período em que a pandemia do novo coronavírus ainda não tinha chegado ao Ocidente, é inevitável não fazer uma relação do seu conteúdo com o atual momento. "Refleti muito sobre a importância de fazermos as pazes com todos os nossos sentimentos. Inclusive, com esses tidos como menos nobres", pontua Emicida.

"Falar sobre isso agora é uma forma de reorganizar as nossas emoções. É importante pacificar o nosso interior de uma forma urgente, principalmente as crianças, porque os pequenos sabem e sentem absolutamente tudo o que está acontecendo. Temos que falar com eles sobre isso considerando a sua grande capacidade de percepção", conclui.

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