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Em bate-papo exclusivo, Ana Carolina fala sobre seu amor por Belém e a nova turnê para Cássia Eller

No novo show, que chega em novembro na capital paraense, a cantora mineira dá voz aos maiores sucessos do ícone Cássia Eller

Thainá Dias

Junho é o mês da Diversidade e Orgulho LGBTQIA+, por isso, no pingue-pongue deste sábado, 3, o Grupo Liberal entrevistou com exclusividade a cantora Ana Carolina. Além de ícone da música popular brasileira, a artista virá a Belém pela Bis Produções em novembro. No bate-papo, Ana Carolina fala sobre a nova turnê em homenagem a Cássia Eller.

No novo show, que vem rodando o Brasil,  a artista mineira dá voz a músicas como “Relicário, Gatas extraordinárias, O segundo sol, Malandragem, E.C.T e  All star”, em roteiro que abre espaço para o canto de música inédita composta por Ana com Bruno Caliman, “Coisa minha, coisa tua”.

Tudo começou no ano de 1990, quando a jovem Ana Carolina Souza com apenas 16 anos, moradora de Juiz de Fora ouviu “Cássia Eller – Disco 1”, álbum de estreia da cantora carioca, e até hoje um dos prediletos de Ana. A partir daí, nasceu um grande amor e agora, uma imensa vontade de levar esse legado para os quatro cantos do Brasil. Confira o bate-papo na íntegra:

 

Ana, Belém já espera ansiosa pela turnê “Ana Canta Cássia Eller”. Você acredita que o estilo musical de vocês duas têm algo em comum? Se sim, o que exatamente?

A: Acredito que sim, até porque eu me inspirei bastante na Cássia. Acho que fazer a voz ser uma das partes principais da canção, por exemplo, é uma coisa minha que veio muito dela.

E muita gente diz que enxerga similaridades, principalmente quando eu ainda estava no começo da carreira. Inclusive, gosto de contar uma história, que não sei se é verdade ou não, mas dizem que uma vez alguém muito próximo dela ouviu Garganta em uma novela e achou que era ela cantando. Não preciso nem dizer como fico feliz com isso né (risos).

Você é declarada uma grande fã de Cássia Eller. O que você sentiu quando ela conheceu seu trabalho pela primeira vez?

A: Foi uma loucura (risos).

Eu até conto essa história no show, porque acho muito boa. Eu conheci a Cássia no primeiro show profissional que fiz no Rio de Janeiro, graças a uma amiga comum. E aí aconteceu que ela ofereceu a própria casa para nos hospedar. Cássia era muito generosa. Não tinha porque fazer aquilo, mas ela fez, e eu fingi normalidade.

Lembro que enquanto fiquei hospedada na casa dela, falamos sobre roadie, que eu nem sabia que existia (risos). E aí, de surpresa, ela pagou o roadie dela, o Batata, pra me auxiliar nesse primeiro show. Eu não estava esperando de forma alguma (risos).

Como surgiu a ideia da turnê?

A: Claro que cantar. Repertório da Cássia sempre foi um sonho íntimo. E, por ser muito fã, eu nunca nem imaginei que isso seria possível. Até que surgiu um convite da Opus, que gerencia minha carreira. Eles chegaram com a ideia de projeto e me perguntaram se eu aceitaria fazer. Não vou negar, no começo senti aquele frio na barriga (risos), mas não tinha como dizer não pra esse sonho.

Qual seu sentimento em ser considerada um grande ícone para outros jovens LGBT's assim como Cássia foi para as pessoas da época dela?

A: Eu fico muito honrada com essa responsabilidade. É muito gostoso quando recebo, por exemplo, mensagens falando sobre relacionamentos, conquistas pessoais.

Também acontece de fãs e pais e mães de fãs virem ao camarim contar como minha postura ajudou na aceitação da sexualidade. É muito gratificante poder usar minha voz e minha obra pra normalizar ao máximo essa questão sem banalizar em nenhum momento.

Quais músicas da Cássia mais te inspiram nos shows? Há alguma em que você não consegue segurar a emoção? Se sim, por qual motivo?

A: Todas as músicas que estão no repertório são bem importantes pra mim, até porque tivemos um trabalho enorme pra fazer essa seleção entre o repertório gigantesco da Cássia (risos).

Mas acho que uma que me impacta bastante é “Maluca”, que é um lado B da Cássia que eu me identifico bastante. Não seria uma escolha óbvia para um show como esse, mas eu fiz questão de manter, porque é uma das minhas prediletas do repertório dela.

Podemos afirmar que a Cássia foi a sua primeira inspiração artística? O que além da música ela te inspira?

A: A primeira não saberia dizer, ma decididamente uma das que mais me marcou. E eu adorava o jeito que a Cássia tinha. Pra mim, ela sempre foi uma mulher forte, libertária, à frente do seu tempo. Essas características me fizeram me apaixonar imediatamente por ela. E eu, inclusive, tento seguir esse caminho na minha vida também.

Como é a sua relação com Belém do Pará? O que mais gosta em nossa cidade?

A: Eu adoro Belém do Pará! A última vez que estive aí foi em 2019, antes da pandemia, com a turnê do meu último álbum, “Fogueira em Alto Mar”. Foi lindo demais, os fãs daí são incríveis e sempre me recebem muito bem. Então tô bem animada pra voltar agora e mostrar meu novo show. Espero que todos se emocionem tanto quanto eu tenho me emocionado com Ana Canta Cássia.

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