Dia do Livro Infantil: conheça o universo literário criado por crianças

A data homenageia Monteiro Lobato, mas também relembra a importância do incentivo à leitura

Bruna Lima
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O universo da literatura infantil ganha ainda mais verdade quando criado por uma criança. O Dia Nacional do Livro Infantil, comemorado em 18 de abril, foi criado para homenagear Monteiro Lobato, mas é também um momento oportuno para celebrar escritores como Maria Luíza Pereira da Silva, de 11 anos, que usa de sua observação durante as brincadeiras, no contato com os amigos e com os animais de estimação para criar um universo cheio de fantasias.

A data também é uma forma de lembrar sobre a importância do incentivo à leitura para as crianças, pois foi graças ao apoio dos pais que Maria Luíza se tornou uma leitora e escritora assídua. Desde os cinco anos ela começou a criar suas próprias histórias, a partir das que lhe contavam. Hoje, ela tem aproximadamente 20 livros concluídos, mas apenas um foi lançado, em virtude das dificuldades que encontra para a impressão das peças. Maria Luiza diz que os seus pais têm uma prática diária de contar histórias na hora de dormir.

"Todos os dias eles fazem leituras para mim e para minha irmã. E durante esse tempo todo chegou um momento que eu passei a me perguntar se eu também poderia criar as minhas histórias. E passei a escrever contos e poemas a partir do que eu escutava", conta a escritora mirim.

Em 2016, Maria Luíza, com o auxílio dos pais, reuniu seus contos e poemas para elaborar "Histórias para peixe dormir". Pelo título do livro percebe-se o envolvimento da escritora com a obra criada, já que essa referência de contar histórias para dormir parte da própria experiência de vida da pequena autora. Outro ponto de vivência que a fez mergulhar no universo dos peixes, foi o contato com o seu bicho de estimação, um peixe "Beta". "Eu passei a me interessar bastante pelos peixes e pedia para a minha mãe fazer leituras sobre eles. Com isso, percebemos que não haviam muitos livros com esse tema e foi quando decidi escrever um", conta Maria Luíza.

Os contos e poemas da escritora são adaptações de clássicos da literatura infantil. A Chapeuzinho Vermelho no livro de Maria Luíza vira "Chapeuzinho Peixado", sendo que ela transforma o lobo mal em um tubarão. Já os três porquinhos viram "Os três betinhas" e assim a escritora mergulha de fato no universo aquático deixando a mensagem de que os peixes são ótimos como animais de estimação. "Eu falo da importância de cuidar dos peixes, de fazer a troca de água do aquário e de dar ração. O meu signo é aquário e eu não sei se é por isso que gosto tanto de peixes".

Maria Luíza pretende ser médica e, paralelamente, escritora, pois seu processo de criação é contínuo. Fora as histórias contadas pelos pais diariamente, ela também faz leituras solitárias e nesses momentos prefere obras de terror e suspense. Um dos seus escritores preferidos é David Hall. "Eu me sinto bem lendo e escrevendo. É muito bom criar as nossas próprias histórias e ver em um livro", pontua a escritora. 

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