Dança paraense sai dos palcos e ganha tela de cinema
“Cuíra Em Cenas - Festival de Videodanças da Amazônia” exibirá durante três dias 19 videodanças de artistas locais
Hoje, 29, até o dia 1º de maio, vai ocorrer o “Cuíra Em Cenas - Festival de Videodanças da Amazônia”, no Cine Libero Luxardo, com entrada é gratuita. O evento tira a dança dos palcos e leva para as telas de cinema.
O objetivo do festival é estimular à cena da dança paraense que visa valorizar os artistas locais e suas obras em diálogo com outras linguagens artísticas, ampliar novas plateias e ocupar novos espaços. Entre as 19 videodanças selecionadas, dançarinos com PcDs, afro-descendentes e mulheres na linha de frente, também estarão disponíveis na programação, e também danças com coreografias em libras.
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Além das exibições, um bate-papo será aberto com os realizadores dos filmes e os bailarinos convidados.
Eduarda Falesi, bailarina, coreógrafa, diretora artística e CEO da produtora Ondina Studio, é a responsável por idealizar esse festival, que está na sua primeira edição. Na dança desde os 2 anos de idade, foi em 2021 que ela fundou o Ondina Stuidio e protagonizou voos mais altos.
Sempre pensando na dança na Amazônia, Eduarda Falesi viu esse projeto uma forma de presentear esse mês em que é comemorado dia internacional da dança, em 29 de abril. Ela ressalta que as danças da nossa região tem escolas e profissionais, com uma diversidade de gêneros da dança, por isso a necessidade de sempre colocar a arte em destaque. Eduarda faz questão de enfatizar que o Pará é uma terra com povo dançante que é visto nas festas e manifestações culturais distintas.
“A ideia do festival é que ele se torne uma programação cultural para todos os anos durante o mês de abril. E futuramente fazer oficinas, espetáculos, mais seleções de videodanças para passar nas telas de cinema. É um projeto em expansão da dança com outras linguagens, mas que seja um ponto de partida para mais visibilidade da dança no nosso território”, explicou.
Os videodanças paraenses selecionados para a exibição foram resultados de uma pesquisa entre diversos trabalhos produzidas ao longo dos anos. A organização do festival entrou em contato com os realizadores para oficializar o uso do audiovisual. “Esperamos que na próxima edição, possamos fazer uma seletiva com videodanças inéditas, produzidas por mais artistas da dançar de várias localidades do Estado”, disse Eduarda.
A videodança é uma arte híbrida realizada que mistura o audiovisual e a dança, com o elemento o movimento em destaque. “É a dança do ver, a dança do olhar, é uma linguagem artística contemporânea, que surge como um ponto de confluência entre a dança, a arte de mover-se e a arte de produzir imagens técnicas em movimento, tais como o cinema, o vídeo e as artes digitais. E o vídeo é algo que dialoga diretamente com os veículos de comunicação e redes sociais onde as pessoas hoje tem mais acesso as informações”, contou a bailarina.
“A gente espera lotar as salas do Líbero com o público consumidor de audiovisual, dança, música e cinema”, finalizou Eduarda.
Agende-se
Sexta-feira 29/04 (sessão Ismael Ivo)
- Exibição das videodanças:
1. Caminhada
2. Questão de Tempo
3. Seres de Si
4. Vagalumear
5. Um Tempo que Rega o Reggae
6. Girls X3
7. Vidrado em Você
- Horário: 16H00 às 18H00
- Bate-papo com os realizadores 17H00
Sábado 30/04 (sessão Pina Bausch)
- Exibição das videodanças
1. Côncavo
2. Daqui Acenei Para Você
3. Ecos das Entranhas
4. Intravenosa
5. CMD
6. Peixes
7. La Loba
- Horário: 16H00 às 18H00
- Bate-papo com os realizadores 17H00
Domingo - 01/05 (sessão Mercedes Baptista):
- Exibição das videodanças
1. Xaxará
2. O Salto
3. Desarmarear
4. Entre Outras Ruas Ato I
5. Auto do Círio
- Horário: 16H00 às 18H00
- Bate-papo com os realizadores 17H00
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