Prefeitura de Belém anuncia obras no Cinema Olympia e retorno do espaço
Com a reforça, a previsão é que o espaço fundado em 1912, que está fechado, volte a funcionar em até 12 meses

O cinema mais antigo do país, o Olympia, vai passar por uma série de obras, previstas para esse ano, com entrega estimada para 2025. A reforma é fruto da parceria entre a Prefeitura de Belém, via Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), e o Instituto Pedra, responsável por contratar e supervisionar empresas especializadas para a execução de obras de restauro.
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O valor total do projeto, captado por meio da Lei Rouanet, é de R$ 11.146.218,35. Na quantia estão inclusas todas as obras programadas, programa educativo e ações de comunicação. Desse valor, foi alcançado R$ 8.000.000,00 com o Instituto Cultural Vale e o restante, cerca de R$ 3,1 milhões, com apoio do BNDES.
De acordo com a Prefeitura, a estimativa é de que a entrega do espaço seja feita em até 12 meses, já com a tradicional sala de cinema em funcionamento após a revitalização. Na última terça-feira (23), o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, assinou a ordem de serviço que autoriza o início das obras no local, considerado o cinema mais antigo da América do Sul.
"Em breve teremos o Olympia completamente restaurado e com adaptações para função de museu, além de programação de visitação. Cinema Olympia bem cuidado é orgulho para Belém e um grande presente para a população. Viva o cinema brasileiro!", comemorou o prefeito.
Cinéfilos comemoram
A novidade animou e deu esperanças aos paraenses, fãs da sétima arte, e antigos frequentadores do espaço, que fez parte de várias experiências na vida de cada um deles. Para Malone Cunha, Coordenador do Cineclube Paraense, a sala de cinema é de extrema importância e faz parte da história cultural da capital, percorrendo várias fases, desde o cinema mudo, ao sonorizado, ou do preto em branco ao colorido.
"Na época do lançamento do Titanic foi uma experiência muito interessante, porque ver as pessoas lotando, não só o cinema, o que já é fantástico, mas um cinema de rua, é muito especial. Então, assim, a minha relação com a Olympia sempre foi uma relação muito próxima como a de todo cinéfilo, que se valeu do Olympia para poder ter acesso a grandes obras do cinema que chegaram no decorrer do século XX e início do século XXI", relembra.
Malone também é frequentador do Cine Líbero Luxardo, que funciona na avenida Gentil Bitencout, e acredita que o retorno do cinema Olympia só traz benefícios, sendo uma nova opção aos cinéfilos. Com o espaço fechado, o público em geral tinha apenas o Líbero para assistir aos lançamentos, mas, como a sala comporta apenas 100 lugares, poucas pessoas conseguiam comprar os ingressos.
"Os cinemas de rua são importantes inclusive para compor a imagem da cidade e marca uma era. Mas mais do que esse valor simbólico, os cinemas de rua, eles têm como maior importância a acessibilidade, eles são mais democráticos. E o cinema Olympia sempre fez muito bem esse papel, seja pela localização, seja por ser primário. Foi o primeiro cinema aqui da nossa cidade e durante muitos anos o mais antigo do Brasil em funcionamento", diz.
(*Juliana Maia, estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)
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