Filme 'A Pajé' será lançada em Mostra Especial do Amazônia DOC

Bate-papo ocorrerá às 19h, no canal do YouTube do festival com as diretoras e a pajé Júlia Yawanawa

Redação Integrada
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O Amazônia DOC - Festival Pan-Amazônico de Cinema abre hoje (21) a Mostra Especial 10 anos com programação alusiva a mais de uma década de realização das seis edições do evento, cinco presenciais e uma totalmente online em 2020, devido à pandemia do coronavírus. Para comemorar, será lançado o filme “A Pajé” com bate-papo, às 19h, no canal do YouTube do festival. Participam do bate-papo a coordenadora e idealizadora do Amazônia DOC, Zienhe Castro, e as diretoras Letícia Ottomani, Nelma Salomão e Helena Alba. O destaque será para a participação da pajé Júlia Yawanawa, liderança da Terra Indígena Rio Gregório, no Acre, personagem do filme.

A partir das 20h o documentário estará disponível na plataforma de streaming AmazôniaFlix (amazoniaflix.com.br) com acesso gratuito até o dia 31 de maio. A diretora Letícia Ottomani explica que no documentário, o objetivo foi abordar questões de sexismo em povos tradicionais e ainda os ensinamentos sobre tradições ancestrais da medicina da floresta. “O filme trata, por exemplo, da produção do UNI (ayahuasca) e o uso dessa bebida pelos indígenas. Se a gente parar para pensar, o lugar de expressão acaba se manifestando no mistério, o que só é possível quando você também se disponibiliza a ter uma escuta e uma crença na existência desse mistério”, diz.

O documentário mostra a história de Hushahu Kátia Luíza Yawanawa, uma mulher Yawanawa que em 2005, aos 25 anos de idade, decidiu romper a tradição de seu povo e protagonizou uma revolução na aldeia acriana. Ela decidiu fazer o retiro de 12 meses de isolamento para tornar-se uma pajé e receber a informação dos espíritos sagrados, segundo a cultura daquele povo, e os ensinamentos dos pajés anciões da aldeia. Esse processo nunca havia sido feito por uma mulher. O retiro feito por Hushahu e sua irmã Raimunda Putani incluiu dietas, banhos e o uso de medicinas da floresta.

“Poder contar com o lançamento desse longa na nossa mostra especial é muito potente, pois agregamos mais uma vez ao festival uma discussão contemporânea, que trata do direito dos povos indígenas e mais, da mulher indígena, sob uma ótica sensível”, comenta Zienhe Castro, que também atuou na direção de montagem de “A Pajé”.

O evento tem patrocínio da Lei Aldir Blanc Pará, via Governo do Pará e Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e Governo Federal, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo. A realização é do Instituto Cultura da Amazônia com produção de Z Filmes e apoio cultural da Casa de Estudos Germânicos (CEG), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Instituto Goethe.

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