Cineastas amazônicos são premiados em laboratório de roteiros na Ilha do Combú

LAB Negras Narrativas Amazônicas ocorreu em Belém e promoveu formações e consultorias especializadas a seis projetos audiovisuais

O Liberal
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Chegou ao fim, no último sábado (8), a primeira edição do LAB Negras Narrativas Amazônicas (LNNA), laboratório de roteiros que ocorreu em Belém ao longo de seis dias e promoveu formações e consultorias especializadas a seis cineastas do Pará, Amapá e Maranhão, visando aprimorar os projetos audiovisuais. Para finalizar o evento, as produções foram premiadas em uma cerimônia rodeada de natureza, na Ilha do Combú, distante 1,5 km do centro da capital paraense.

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Todos os projetos selecionados foram premiados, sendo que “Filhas do Andirá”, de Domi (Manaus, AM), “A Onça-Celeste”, de Ataw Wallpa (São Luís, MA), e “O Vento é Meu Irmão”, de Rayo Machado (Bragança, PA), receberam a premiação máxima de R$ 10 mil. “Mesa Pra Um”, de Amanda Drumont (São Luís, MA), também foi premiado com R$ 5 mil, oferecido pelos parceiros Projeto Paradiso e Projeto Paradiso Multiplica, além de cinco horas de tutorias com o Talentos Paradiso. “As 7 Palmas da Liberdade”, de Mayara Coelho (Belém, PA), conquistou uma consultoria de Produção de Impacto. Já “A Cura”, de Ane Oipasam (Manaus, AM), terá passe livre nas oficinas do 5º LAB Negras Narrativas Nacional, que ocorrerá ainda em 2023. Os projetos foram também premiados com a soma de duas horas de consultoria com a roteirista Maíra Oliveira, oficineira e tutora do LAB.

A atriz e produtora acreana Karla Martins, que junto ao produtor baiano Emerson Dindo formaram a Comissão de Seleção do LNNA, avalia a experiência como inovadora, já que aponta para “uma nova concepção de produto cultural, pensado a partir da força do território”. “O LAB Negras Narrativas Amazônicas amplia o entendimento e a compreensão do que é esse audiovisual negro na Amazônia. Então, foi um processo riquíssimo com a presença de grandes referências do audiovisual negro brasileiro ali, todas juntas, em uma espécie de esforço coletivo para que cada um dos projetos selecionados fosse encontrando contornos e novos caminhos que pudessem permitir a executabilidade de cada um dos produtos propostos”, conclui.

Segundo a baiana Melina Bomfim, coordenadora geral do LAB, “foi construído, ao longo da semana de atividades, um espaço muito potente de partilha, acolhimento, inspiração e transformação, não só dos realizadores e seus projetos, mas de todos os envolvidos”. “O clima entre os realizadores, longe de ser de competição, foi de extrema colaboração e enriquecimento mútuo. Já podemos assistir a equipes de trabalho se formando com o desenrolar do LNNA”, completa Melina.

Rayo Machado, realizadora paraense que recebeu a premiação máxima, conta que sai do laboratório com uma narrativa ainda mais aprimorada e mais amadurecida como profissional e pessoa. “Fazer cinema preto nunca é apenas sobre contar histórias que você não tenha a menor proximidade, acho que o LAB mostrou isso de uma forma muito bonita. Poder compartilhar dessas histórias com outras pessoas que estavam também com projetos aqui fez com que eu assumisse esse lugar de protagonismo não apenas do personagem principal do meu projeto, mas também do meu protagonismo nesse fazer audiovisual”, relata.

O LAB Negras Narrativas é um projeto de ampliação das ações da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) - entidade dedicada à missão de consolidar a presença de pessoas negras nos mais distintos campos do audiovisual. Desde 2016, a plataforma garante aos participantes, palestras e consultorias nas áreas de direção, roteiro e produção, compreendendo toda a cadeia produtiva do audiovisual.

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