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Samba no pé: Rainha da Bateria precisa saber sambar?

Polêmica do Carnaval do Rio de Janeiro ganhou as redes sociais e levantou debate. Licenciada em dança, a Rainha da Bateria, Taynara Garcia falou sobre o assunto.

Bruna Dias
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Nas duas últimas semanas, quando começaram os ensaios das escolas de samba do Rio de Janeiro, a internet ficou lotada de celebridades que se tornaram Rainha da Bateria das agremiações, mas que não tem samba no pé.

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Mayara Lima é professora de samba e esposa do dirigente da Tuiuti.

Com rebolado e simpatia, Paolla Oliveira, Gabi Martins e Rafaella, tiveram vídeos expostos em que apenas rebolam nos ensaios, mas esquecem o samba. Em paralelo a isso, Mayara Lima, princesa da bateria Paraíso do Tuiuti, ganhou todos os holofotes possíveis ao mostrar samba no pé e muita química com a bateria da escola. O que levantou ainda mais o debate sobre celebridades estarem em cargos de destaque nas escolas de samba e as crias não.

Quando se fala em Carnaval, vem logo em mente o nome de Viviane Araújo. Em entrevista recente ao OFuxico, ela revelou que o “samba no pé” são para as passistas e não rainhas.

Veja imagens das famosas (Fotos: Agnews):

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“Rainha de bateria nunca precisou sambar como passista, na minha opinião. É só você pegar todo o histórico de rainha de bateria até agora. Rainha que fizeram grandes sucesso, rainhas que foram reverenciadas, que foram endeusadas por todo o mudo do samba, por todos”, ela citou Luma de Oliveira.

Por Belém, o assunto polêmico segue, mas em menor proporção. Taynara Garcia está no samba há quase 20 anos, ainda criança ela já arriscava uns passos. Licenciada em dança, ela já passou por diversas escolhas de samba de Belém, e hoje é Rainha da Bateria da Mocidade Olariense, de Icoaraci. Além disso, ela é arte educadora e professora das danças populares paraense e afro-brasileira.

“Quando você é Rainha da bateria, e representa o coração da escola, precisa ter essa familiaridade com a comunidade e as pessoas. É muito importante quem estar no cargo pensar nisso, para que seja um desfile inesquecível”, avaliou.

Diferente do Rio de Janeiro, em Belém não irá ocorrer o Carnaval 2022.

“Tem muitas vertentes que precisam ser debatidas. Fiquei muito feliz que isso veio à tona, porque não é de hoje. Não é de agora que eu percebo que as Rainhas, principalmente as do Rio de Janeiro não sabem sambar, é o preocupante porque a gente esbarra na ala de passistas, onde a maioria são crias da escola, que tem samba no pé e o enredo na ponta da língua, e não tem essa valorização”, disse a Rainha.

Em paralelo a isso, Taynara destaca a questão orçamentaria das agremiações. “Tem muitas coisas que precisam ser analisadas, mas acredito que a conexão entre a comunidade/passistas/bateria deveria ser levado mais em consideração. Espero muito que com essa polêmica, as diretorias comecem a avaliar, qual é de fato a importância da Rainha da bateria, que vai muito além da estética, das roupas e do bolso”, finalizou.

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