Mauricio de Sousa diz que tem sonho de fazer versão adulta da Turma da Mônica

"Tenho uma equipe com psicólogo, novelista da Globo e mais especialistas trabalhando nisso", disse

Com informações de Quem
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Mauricio de Sousa, 85 anos de idade, se manteve ativo durante o atípico ano de 2020. Com a mente fervilhando de ideias, o criador da Turma da Mônica faz questão que seus personagens tenham vidas longas. Além das tradicionais histórias em quadrinhos, o cartunista conquistou sucesso com as animações Mônica Toy, os mangás da Turma da Mônica Jovem e o filme live-action Turma da Mônica – Laços.

Ao participar do Fórum das Virtudes, Mauricio confirmou a intenção de ter Mônica, Cebolinha e companhia em histórias como adultos. “É um dos meus sonhos, mas é difícil. Tenho uma equipe com psicólogo, novelista da Globo e mais especialistas trabalhando nisso. Posso dizer que é uma história que vai virar de cabeça para baixo (risos). Faço trabalho para a família”, afirma Mauricio, que diz também que alcançar o sucesso não aconteceu do dia para noite. “Não foi fácil. No Brasil, não havia desenhistas de histórias em quadrinhos para crianças. Demorei mais de 20 anos para conseguir publicar.”

A persistência e a resiliência do desenhista foram fundamentais para que se consolidasse no Brasil e também atingisse públicos fora do país. “As crianças com quem encontro pelo mundo afora também gostam da Mônica do mesmo jeito. E trabalhamos bastante para isso. O nosso estúdio tem 400 funcionários.”

TEMPOS DE REPÓRTER

Sem conseguir emplacar como cartunista, Mauricio de Sousa conquistou sua primeira chance como repórter policial na Folha de S. Paulo. “Antes de trabalhar no jornal, escrevia de maneira pomposa. O jornalismo me ensinou a escrever de maneira concisa e objetiva. O jornal me preparou para escrever em uma linguagem simples e direta, que é a linguagem que as crianças gostam.”

INSPIRAÇÕES

Costumeiramente questionado sobre suas inspirações para os personagens, Mauricio não esconde que cada um dos filhos já o inspiraram a criar. No entanto, o desenhista explica que as observações no cotidiano servem como referência. “Olho ao lado e copio. Os personagens vivem ao meu lado. Tive 10 filhos e os 10 viraram personagens. Cada um com características diferentes. Fui um privilegiado em ter inspirações próximas. Meus filhos sempre me ensinaram muito. Nunca senti que meus filhos exercitaram algum tipo de preconceito. O mais diferente é o Do Contra, que sempre quer fazer tudo diferente um do outro, ainda que tenha um coração de ouro”, afirma ele. “O bairro do Limoeiro é inspirando no bairro do Cambuí, onde morei em Campinas”, completa.

BOM HUMOR

Dono de um sorriso marcante, Mauricio afirma que procura encarar a vida e seus obstáculos – não foram poucos os que enfrentou na carreira – com leveza. “Não tem motivo para trancar o rosto, fechar a cara. Resolvi não dar importância a problemas. Sempre fui muito bem tratado pelas pessoas com quem converso. Para passar uma história às crianças, é importante escolher palavras e entonações.”

 

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