Maeve Jinkings fala da relação de amor por Belém e dá detalhes sobre o filme 'Pedágio'

Atriz participou de uma sessão debate sobre o longa, no Cine Líbero Luxardo, e se diz apaixonada pela cidade onde cresceu

Juliana Maia
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A atriz Maeve Jinkings está em cartaz com a personagem Suellen, no filme "Pedágio". Na última semana, a artista participou de uma sessão debate após a exibição do longa, no Cine Líbero Luxardo, em Belém, ao lado da diretora do longa, Carolina Markowicz. A atuação na trama deu a ela o Troféu Redentor de "Melhor Atriz", no Festival do Rio 2023, além do prêmio de "Melhor Atriz", no Festival de Cinema de Estocolmo, na Suécia.

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No filme dirigido e escrito por Carolina Markowicz, Maeve interpreta uma mulher simples, que ganha a vida trabalhando em um pedágio e mora com o filho Tiquinho (Kauan Alvarenga), um garoto homossexual, o que causa conflito na relação entre os dois.

"Espero que o público apenas abra sua sensibilidade para as contradições, para a dor e a beleza da existência desses personagens. E que saia pensando um pouco sobre aceitação de quem amamos", fala a atriz.

image Longa é protagonizado por Maeve Jinkings e Kauan Alvarenga, intérpretes de Suellen e Tiquinho (Foto/Divulgação/Paris Filmes)

Depois de ouvir vários comentários sobre a sexualidade do rapaz, a personagem começa a crer que Tiquinho está doente. Em um dia, ela começa a trabalhar ilegalmente para arrecadar dinheiro e pagar a "cura" do jovem, serviço extremamente caro e vendido por um famoso pastor estrangeiro.

"Suellen inventou uma doença para o filho, porque a fizeram acreditar nessa suposta doença. Um filho tão saudável e amoroso. Mas a culpa não é de Suellen, ela apenas reproduz automaticamente um discurso coletivo preconceituoso, que tira das famílias o direito de aceitarem uns aos outros", diz Maeve.

Para interpretar uma personagem tão complexa, a atriz relembra que criou uma relação de carinho e confiança com Kauan Alvarenga, intérprete de Tiquinho. Outro fator determinante para construir Suellen foi conhecer de perto e entrevistar mães com conflitos internos por terem filhos LGBTQIA+.

"Mergulhar na subjetividade de uma pessoa tão diferente de mim é sempre uma experiência que deixa aprendizados e exigência de desafios. Em um momento de tanta intolerância, me propor a conhecer a perspectiva de alguém tão distante de mim, foi pessoalmente importante. Esse trabalho exigiu muita escuta. Exige acima de tudo a generosidade de desejar compreender outros modos de ver o mundo."

Amor por Belém

Maeve cresceu na cidade das mangueiras e diz que o retorno à capital para lançar o filme em um luga que frequentava durante a adolescência como o Centur foi comovente. Em busca do grande sonho de se tornar atriz, ela deixou Belém no ano de 2000 para estudar teatro.

A relação de amor com a capital permanece forte na artista. Segundo ela, é uma característica tão marcante que pode ser notada pelas pessoas ao seu redor. "Voltar nessa sessão, com a presença da minha família, e após todos esses anos de construção, é naturalmente uma experiência muito forte para mim", conta.

"Caminhei nessas ruas cheias de mangueiras, cresci comendo jambu e tomando sorvete de tapioca. Eu adorava frequentar baile de brega, ou me arriscar no lundu. Ir namorar na escadinha, antes de existir a Estação das Docas. Foi aqui onde assisti meus primeiros filmes de autor, nos cinemas 1 2 e 3 onde mamãe me levava. Isso tudo ainda existe no meu corpo", relembra.

Assista ao trailer de "Pedágio":

(*Juliana Maia, estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)

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