Cartunista do Grupo Liberal participa de exposição com trabalhos de todo o país

Cinco obras de J. Bosco estão na mostra "Deu Moleza Eu Traço - Bloco dos Cartunistas"

Ana Carolina Matos
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A acidez característica dos trabalhos de J. Bosco está presente na exposição nacional “Deu Moleza Eu Traço – Bloco dos Cartunistas", para rir nesse Carnaval. A mostra reúne 91 trabalhos de cartunistas de todo o país, dos quais cinco são do cartunista, ilustrador, caricaturista e chargista de O Liberal e Amazônia Jornal e foram publicados nos jornais impressos do Grupo Liberal.

A mostra pode ser acessada no blog oficial do Troféu HQMIX, considerado o Oscar dos Quadrinhos Brasileiros. A coordenação da mostra é de José Alberto Lovetro, o JAL,cartunista presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil e idealizador, juntamente com Gualberto Costa, do Prêmio HQMIX.

Para J. Bosco, que já soma mais de 100 premiações em salões de humor nacionais e internacionais, participar destas seleções proporciona não só alegria profissional como é ferramenta importantes para o reconhecimento e visibilidade da produção do cartunista. "Os salões de humor dão uma visibilidade muito grande, até porque quem tá concorrendo são cartunistas tarimbados, com muita experiência. Além disso, você também é julgado por cartunistas super prestigiados, bastante conhecidos. Isso te dá um certo prestígio e orgulho do trabalho", conta.

Ele lembra que, antes do advento da internet, os cartunistas se utilizavam dos correios para transmitir a informação das seleções nacionais e internacionais. "Isso incluía esse ciclo de amizade que você ia fazendo. A gente não tinha email então se correspondia por carta. A gente recebia o endereço por amigos e outros amigos compartilhavam. Então cada um recebia. O regulamento ia passando pelo outro e esse ciclo ia aumento. Aí, depois, os salões do mundo tomavam conhecimento do nosso endereço e já nos mandavam as informações dos endereços. Com a chegada da internet, ficou mais fácil e começava a chover endereços de salões", explica.

Com quase 38 anos de experiência, dos quais 31 dedicados aos jornais O Liberal, Bosco avalia que o trabalho diário que realiza há três décadas é fruto de um talento herdado pelo avô, o artista plástico Carlos Custódio de Azevedo. "É herança genética do meu avô, que tem uma histórias nas artes plásticas no Pará e foi diretor do Paes de Carvalho. Eu já desenhava desde os oito anos. No (Escola Visconde De) Souza Franco, despertou o interesse pro lado de charge, caricatura... Em 78, 79, já tava desenhando professores e fazendo caricaturas... Foi através da página "Jornaleco", na Província do Pará, que comecei a publicar meus trabalhos com a ajuda do Raimundo Mário Sobral. Até que fui contratado lá em 83 como diagramador e ilustrador", relembra.

"Na década de 80, o Walter Pinto e Ubiratan Porto, eram minhas duas inspirações e em 1988 O Liberal me contratou pra ser chargista diário", acrescenta. 

O chargista, entretanto, não se considera um artista. "Não me intitulo como um artista, mas sempre como jornalista. A charge está ligada diretamente à notícia, ao fato. É factual. Não existe forçação para criar uma charge, pra entender, é preciso que a pessoa acompanhe os noticiários. Meu trabalho é um desenho editorial", ressalta. 

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