Cineasta paraense Alan Kardec indica seus três filmes favoritos sobre a redemocratização

No Dia da Constituição, a sessão 'Eu Recomendo' pediu ao autor, além das indicações, para falar sobre o período em Belém.

Igor Wilson

Hoje é o Dia da Constituição e a Redação Integrada de O Liberal entrevistou Alan Kardec Guimarães, renomado diretor de cinema paraense, para a nossa sessão ‘Eu Recomendo'. Com uma carreira multifacetada que abrange o jornalismo e a direção cinematográfica, 'Allan K.’, como gosta de assinar suas obras, é autor de filmes que marcaram o cinema paraense, como “Mulheres, Luta e Resistência na Amazônia” e “Os Tucumãs: uma odisséia de Belém a Berlim” e já recebeu diversos prêmios pela atuação em diferentes frentes na área audiovisual. A seguir, o autor indica seus três filmes preferidos sobre o periodo de redemocratização, além de responder mais perguntas. Confira:

Olá, Alan. Por favor, em alusão ao Dia da Constituição, indique três filmes que você acredita que são referência quando o assunto é a redemocratização do Brasil.

O primeiro filme que recomendo é “Cabra Marcado para Morrer“, de Eduardo Coutinho. É um documentário ícone. O filme narra o assinado de líder camponês em 64 e ao mesmo tempo, narra a própria história do documentário que foi interrompido por conta do golpe militar. O filme é retomado 20 depois, com a abertura política e a recuperação das filmagens.

O segundo filme é “ Iracema” uma transa Amazônica”, do Bodansky . O filme conta a história de Tião Brasil Grande, uma referência aos slogans utilizados pela ditadura para vender a ideia que o país próspero e desbravador. O personagem é um caminhoneiro que vem para Amazônia para transportar madeira, símbolo do desmatamento e da destruição da floresta. É o primeiro filme a registrar em uma grande extensão de queimada da floresta. O filme é proibido no Brasil e premiado é reconhecido no exterior. O filme é reflexão sobre como a Amazônia e devastada em todos os sentidos.

O terceiro filme é “Democracia em vertigem: um ataque a democracia”, que começa com a derrubada do governo da Dilma Roussef, início do Governo Temer e os primeiros passos que resultaram no governo Bolsonaro.

2. Quais os motivos que lhe fazem escolher estes filmes?

Escolhi esses filmes porque também fazem parte da minha experiência enquanto cineasta e cidadão. São temas que dizem respeito a nossa história e a nossa tão difícil democracia.

3. Enquanto cineasta, você também já trabalhou com a temática em “Belém aos 80”. O que você destacaria desta experiência?

Enquanto cineasta e cidadão trago comigo o desejo de contar histórias, com Belém aos 80, eu tive a oportunidade de apresentar para o público paraense e as gerações mais novas, como foram os anos de chumbo em Belém e como os movimentos artísticos e culturais estiveram na linha de frente da luta pelas diretas já e redemocratizações do país. E um trabalho que me deu um grande prazer fazê-lo e é uma contribuição da história da cidade.

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