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Batista Campos é personagem central de novo espetáculo do Grupo Palha

Ator Stéfano Paixão interpreta o revolucionário em peça que marca o retorno do grupo aos palcos

O Liberal
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Um dos episódios mais marcantes do Pará, a Cabanagem, contado não pela ótica dos livros de história, mas na versão de quem viveu e sentiu na pele todos os efeitos dessa batalha. O espetáculo Batista em Corpo e Fúria, encenado e produzido pelo Grupo Teatro Palha, dá voz ao homem Batista Campos figura central do movimento, considerado a maior revolta popular do Brasil no período regencial.

A peça será apresentada nesta sexta-feira (27), sábado (28) e domingo (29), às 20h, no Teatro Waldemar Henrique e marca o retorno do grupo aos palcos presenciais. Entrada franca.

Longe de ser uma mera reprodução de um dos episódios mais sangrentos da história, a dramaturgia é uma livre adaptação da obra “Batista”, do autor paraense Carlos Correia Santos, sobre um dos maiores revolucionários do país, duramente perseguido por políticos da época.

“Ele é apontado por alguns historiadores como o mentor intelectual da Cabanagem. Para além de cônego, foi também advogado e jornalista. Juntou-se a Felipe Patroni que fundou o primeiro jornal de toda Amazônia. No espetáculo, buscamos um Batista Campos mais humanizado, mais próximo de seus pares, aquele homem que fala a língua dos que o seguiam. Mais humano, mais povo e menos impoluto, épico e herói”, explica o ator, Stéfano Paixão, que após uma pausa de 11 anos, retorna aos palcos para viver Batista Campos.

A encenação de Paulo Santana remete a vários ícones, símbolos ligados à imagética do cenário da época da Cabanagem. “O teatro carrega essa magia de lhe levar para qualquer lugar e lhe deixa a pensar, refletir e decidir dentro do seu campo de imaginação onde esse personagem está. O cenário foi pensado pelo Paulo Santana e Nelson Borges, diretor e visagista do espetáculo, no qual se cria a ideia de uma baia de animais, que ao mesmo tempo pode ser uma prisão e/ou o próprio porão do navio Brigue Palhaço”, destaca.

O espetáculo traz também referências à festa de São Tomé. “Foi durante esses festejos que os Cabanos tomaram Belém na madrugada do dia 6 para 7 de janeiro de 1835”, cita.

A peça tem ainda no elenco o ator Kesynho Houston. “Ele é um grande parceiro de cena, é através dele que Batista Campos se liga ao povo, aos cabanos, aos índios, aos negros. Na obra original, o personagem não existe. Foi uma criação nossa durante o processo de adaptação do texto, daí a necessidade de termos liberdade para fazermos a leitura/releitura que nos interessa da obra”, avalia.

O personagem de Kesynho está em cena o tempo todo, mas ao mesmo tempo, também não está. “Ele ronda o Batista Campos. Seria ele uma extensão psíquica e/ou espiritual do Batista? A consciência desse homem? Ou seria nada mais do que uma imaginação desse personagem? Para saber, tem que assistir o espetáculo”, brinca o ator.  

Para ele, montar a peça e apresentá-la ao público é trazer para a luz da atualidade lutas vividas em outra época, mas que suscitam discussões atuais e necessárias nos dias de hoje. “Batista Campos é muito atual. Falar dele em 2021 nos atualiza para as lutas de hoje. Estamos vivendo um dos piores momentos de nossa democracia desde 198, vivemos ameaçados diariamente de rupturas com as estruturas democráticas brasileiras, pela insanidade de um mandatário autoritário. Batista Campos nos convoca a luta, a liberdade e a justiça”, analisa.

Cada sessão terá no máximo 100 pessoas, respeitando as normas de segurança sanitária contra a Covid-19. É obrigatório manter o distanciamento social e o uso de máscaras nas dependências do teatro e é recomendável o uso de álcool em gel nas mãos.

Agende-se:

Espetáculo Batista em Corpo e Fúria
Dias 27, 28 e 29 de agosto, às 20h
Local: Teatro Waldemar Henrique (Pça. da República)
Informações: 99629 9641 | 98941 9117

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