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Bárbara Savannah explora caminho entre o Marajó e o Jurunas em exposição individual

"Universo Entre Folhas" ocupa a Galeria Izabel Aquino, no Gueto Hub / Museu D’água

Lucas Costa
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Um universo que vive no trajeto da Ilha do Marajó até o bairro do Jurunas, em Belém, enche de cores a primeira exposição individual de Bárbara Savannah, aberta para visitação Galeria Izabel Aquino, no Gueto Hub / Museu D’água (Tv Quintino Bocaiúva, 3729 – Jurunas). Bárbara, que também é jurunense, apresenta a mostra “Universo Entre Folhas”, composta por 10 obras que mesclam técnicas como pintura, colagem e instalação.

O universo apresentado por Bárbara aqui é um mergulho no inconsciente, como definido por ela. “É para achar as cores que me remetem ao originário, à terra da qual eu vim, habitei e formei minhas características e linguagens como artista: a Ilha do Marajó. Nesse trajeto de barco para Belém, o verde, a natureza e o mato ditam a paisagem, e creio fielmente que tudo o que eu crio é obra e influência desse lugar, desse trajeto que fiz e faço incontáveis vezes desde que nasci, antes muito negado e hoje envolve minha existência. As lembranças abstratas desse trajeto hoje traduzo em pinturas”, conta a artista.

A primeira exposição individual carrega ainda um sentido de pertencimento de lugar. Além de apresentar sua relação com a Ilha do Marajó, onde morou até a adolescência, Bárbara apresenta os trabalhos no bairro onde mora atualmente, o Jurunas. 

“Quando eu vim do Marajó, não tinha essa relação com o bairro, e estranhava porque ele é bem no centro, é bem movimentado, então quando cheguei aqui entendi a minha relação com esse local. Essa exposição nem foi pensada para esse local na verdade. Eu fui produzindo as coisas e não sabia em que local ela iria caber, e nem porque eu estava assim, essas obras algumas foram feitas na pandemia e pensava: ‘onde vou expor isso?”. Tentei vários editais e não passava, e surgiu esse convite do Henrique e do Jean”, conta.

Jean Ferreira é idealizador do Gueto Hub, e Henrique Montagne é quem assina a curadoria da mostra. Bárbara agradece a oportunidade e diz agora encontrar sentido em todas as portas fechadas para seu trabalho anteriormente, já que expor em seu território era um movimento importante.

“As coisas foram se encaixando da forma como tinham que se encaixar. Até os nãos que levei antes para desenvolver o ‘Universo Entre Folhas’ em um edital, hoje entendo porque, porque buscava uma coisa que estava aqui onde eu morava”, conta. 

O curador do museu ressalta a relevância do trabalho de Bárbara e desta exposição em uma Galeria de Arte no bairro do Jurunas. 

“A conexão com a natureza, a ancestralidade e o cotidiano regional urbano são temas que nos fazem retornar a uma intenção de descoberta e de um primeiro olhar, entre o sentido da vida e os mistérios do viajante de seu próprio lugar. Conhecer o que está para dentro da mata, navegar no rio, ver o movimento, tomar banho de chuva e ver o sol baixar em uma caudalosa e úmida terra mestiça, híbrida que envolve as experimentações desta artista mulher e amazônida”, diz Montagne.

A mostra “Universo Entre Folhas” segue aberta para visitação até o dia 26 de agosto, de terça à domingo, das 9h às 20h.

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Cultura
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