Bailarinos e dançarinos paraenses desembarcam em intercâmbio de dança na Argentina

A experiência imersiva em Buenos Aires e Bariloche será transformada em documentário e livro

Lucas Ribeiro | Especial O Liberal
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Uma equipe de dança paraense, com cinco bailarinos e coreógrafos, estão participando de um intercâmbio de dança na Argentina, que começou nesta última terça-feira (20) e vai até 28 de fevereiro, em Buenos Aires e Bariloche. Os bailarinos foram selecionados na primeira edição do Dança Carajás Festival, realizada no ano passado, em Parauapebas, município da região Sudeste do Pará. Para registrar o momento, a imersão no exterior será filmada e transformada em um documentário e em um livro. 

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Os bolsistas selecionados que desembarcaram na Argentina são Rose Monteiro (professora da Universidade do Estado do Pará e coreógrafa), Mayrla Andrade (doutora e professora da Universidade Federal do Pará e coreógrafa), Wallace Luz (bailarino clássico), Lindemberg Monteiro (Bailarino e coreógrafo) e Victor Shynoda (dançarino e coreógrafo).

Além dos paraenses, o intercâmbio também garantiu uma bolsa de estudos para a bailarina clássica, Caroline Cantuária, da cidade de Teresina, no Piauí. Ela também foi selecionada durante o festival.O intercâmbio é uma parceria com o Instituto Danzarium, de Bariloche.

Para Mayrla Andrade, uma das bolsistas escolhidas para a imersão, essa oportunidade é de extrema importância profissional e pessoal, mas sobretudo uma realização coletiva. “O intercâmbio é um grande momento de transformação. Nós transformamos os olhares e pela partilha de saberes a gente também se transforma. É impossível a gente não ser alterado com a saída do nosso lugar de origem para trabalhar com outras pessoas e histórias”, explica.

“Trazer um pouco do que eu e Lindemberg estamos trabalhando em nossas aulas e também o conceito do que desenvolvemos, com uma história de uma dança própria e particular, que já está em cada corpo e despertar ela para também se conectar com as nossas, é um presente. Por isso, esse projeto é grandioso”, complementa a coreógrafa.

image Para registrar a viagem será lançado um documentário e livro (Foto: Divulgação)

O projeto foi aprovado na Lei Paulo Gustavo do Estado do Pará, e do município de Parauapebas. Para o diretor geral do Festival Dança Carajás, Jarbas Alves, o intercâmbio surgiu na ideia de afirmar a potência do estado do Pará de uma forma mais profissional. “Um dos grandes motivos dos bailarinos não conseguirem acessar essas bolsas integralmente é devido aos problemas financeiros. Sabemos que a dança e cultura no Brasil muitas vezes não são valorizadas ou vista como algo rentável”, diz.

"Quando surgiu o edital da Lei Paulo Gustavo eu pensei 'por que não levar essa galera com tudo pago e criar um documentário para relatar e eternizar todos os momentos, tudo o que está acontecendo?'. Então, o que antes era uma bolsa, hoje virou algo ainda mais grandioso. A previsão de lançamento do documentário é para o dia 29 de abril, Dia Internacional da Dança", adiciona o diretor. 

Todo o intercâmbio está sendo gravado para o documentário, com entrevistas exclusiva com professores e bailarinos brasileiros e argentinos. A direção de comunicação do documentário está sendo feita pelo jornalista paraense Andrey Araújo, que coordena a equipe composta pela produtora artística e filmaker Joara Barros, e a designer e filmaker Pollyana Carvalho. Além disso, o intercâmbio também será eternizado em um livro em parceria com o projeto Habitante Criador, da Universidade Federal do Pará, coordenado pela professora Mayrla Andrade.

Outro bolsista selecionado, o coreógrafo e dançarino Victor Shynoda, vai ministrar workshop de danças urbanas nas duas cidades. Para ele, o intercâmbio é a realização de um sonho. "está sendo muito gratificante para mim. Essa é a primeira vez que u ando de avião, é a primeira vez que saio do país. Para mim, o maior desafio para ministrar as aulas será a língua, pois a única coisa que sei falar em espanhol é 5, 6, 7 e 8", conta o artista.

Na troca de conhecimentos, as aulas de carimbó serão ministradas pela professora Rose Monteiro. "A palavra para esse momento é desafio. É um desafio trazer a cultura paraense dentro do carimbó, que não é uma cultura fácil de levar, considerando que você tá em outro país, eles têm outro tipo de ritmo, inclusive. Mas é um desafio que vai ser muito gostoso de ser feito", conclui a professora.

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