53º Festival de Cinema de Gramado é portal da arte brasileira para o mundo
Com expressões artísticas reunidas em trabalhos audiovisuais das regiões brasileiras, evento começa nesta quarta (13) e terá cobertura do Grupo Liberal por intermédio do crítico de cinema e jornalista Ismaelino Pinto

Vai começar uma grande festa para quem gosta de boas histórias, criatividade e um bom filme. A partir desta quarta-feira (13) e até o dia 23 deste mês de agosto, todas as câmeras e microfones estão voltados para o 53º Festival de Cinema de Gramado, no Estado do Rio Grande do Sul. O evento funciona como um grande encontro da produção do audiovisual brasileira e é um ponto de partida para novos voos na chamada Sétima Arte. Isso porque o evento reúne 16 filmes de diversas regiões do Brasil (incluindo o curta paraense “Boiúna”, de Adriana de Faria) e, como diz, o crítico de cinema e jornalista paraense Ismaelino Pinto, serve para projetar os trabalhos do Brasil para outros países, para novos públicos. Ismaelino chega, agora, à 31ª cobertura dele em Gramado, sempre entusiasmado, para contar tudo para quem acompanha os veículos de comunicação do Grupo Liberal.
“O Festival de Gramado tem uma extensão latina, porque Gramado é uma cidade de fronteira (no sul do continente sulamericano), e isso faz com que essa aproximação com a cinematografia argentina, paraguaia, uruguaia, chilena, o que está próximo à fronteira promova essa junção, esse intercâmbio. Então, o Festival irradia a partir daí o cinema brasleiro para a América Latina e para o mundo. Até há alguns anos, eles tinham uma mostra de cinema latino que fazia parte do Festival de Gramado”, ressalta Ismaelino Pinto.
O Festival de Cinema de Gramado configura-se um evento frenético, ativo, em uma cidade linda e cheia de turistas nesta época, como frisa Ismaelino. E, em 2025, o Festival vai começar exibindo o filme “O Último Azul”, com direção de Gabriel Mascaro, que conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim 2025. Um filme participar do Festival ganha visibilidade nacional e internacional e se insere no começo da temporada de películas neste segundo semestre do ano.
“O cinema nunca esteve em um momento tão interessante, tão rice e com uma grande visibilidade como está acontecendo agora, desde o final de 2024 e nesse início de 2025, com a projeção, com a quantidade de prêmios internacionais em festivais. Nós estamos vivendo uma espécie de Era de Ouro do Cinema, em que o cinema brasileiro tem mostrado que é um cinema plural, um cinema diverso, e é um cinema que é a cara do Brasil, que projeta a nossa cultura para o mundo”, pontua Ismaelino Pinto.
Nesse contexto, o crítico destaca o curta paraense “Boiúna”, de Adriana de Faria, quem ele conhece desde o Festival Cine Ceará, do qual ela participou com “Cabana”. Esse trabalho rodou o mundo por meio de festivais e ganhou o prêmio de Melhor Curta-Metragem na seção Première Brasil do Festival do Rio. E agora Adriana está de volta, com “Boiúna”, trabalho de uma diretora amazônica, mostrando a cultura da Amazônia, com uma história no Para e com mão de obra paraense.
Esta será a 31ª cobertura do Festival de Cinema de Gramado por Ismaelino Pinto. A primeira ele fez pela Rádio Cultura, emissora onde apresentava o programa “Lanterna Mágica”, nos anos 1990. Depois, ele cobriu para a TV Liberal, onde fazia comentários de cinema. E, este ano, pelo Jornal e Portal OLiberal.com. como único veículo de comunicação do Norte do Brasil Detalhes sobre o Festival podem ser conferidos aqui.
Essa atividade é puro prazer para Ismaelino Pinto. Ele pondera que o cinema é pura magia e reúne todos os tipos de arte. “Os filmes brasileiros que passam no Festival de Gramado, há sempre uma seleção espetacular, fazem com que você conheça o Brasil”, pontua Ismaelino.
Ismaelino lembra de ter estado presente em momentos importantes do evento, em particular para o público paraense, como na apresentação de um filme paraense. Ele estava no Festival quando a atriz paraense Dira Paes ganhou o Troféu Oscarito) como grande homenageada do evento, em 2017, e também, em 2024, quando Dira levou o Kikito de Melhor Desenho de Som com o longa “Pasárgada’, dirigido e estrelado por ela própria.
Na tela
São 16 novos títulos na disputa pelos Kikitos do 53º Festival de Cinema de Gramado. A competição abrange documentários desde o Amazonas até o litoral potiguar. Os documentários inéditos são: “Até Onde a Vista Alcança” (SP), de Alice Villela e Hidalgo Romero; “Os Avós” (AM), de Ana Lígia Pimentel; “Lendo o Mundo” (RN), de Catherine Murphy e Iris de Oliveira; e “Para Vigo Me Voy” (RJ), de Lírio Ferreira e Karen Harley.
O público vai conhecer 12 curtas de oito estados integram a mostra competitiva dessa categoria no Festival. Os curtas selecionados são: "Aconteceu a Luz da Lua" (RS), de Crystom Afronário; "Boiuna" (PA), de Adriana de Faria; "Cabeça de Boi" (SP), de Lucas Zacarias; "FrutaFizz" (SP), de Kauan Okuma Bueno; "Jacaré" (BA), de Victor Quintanilha; "Jeguatá Xirê" (RS), de Ana Moura e Marcelo Freire; "O Mapa Em Que Estão Meus Pés" (AL), de Luciano Pedro Jr.; "Na Volta Eu Te Encontro" (BA), de Urânia Munzanzu; "As Musas" (PE), de Rosa Fernan; "Quando Eu For Grande" (PR), de Mano Cappu; "Réquiem Para Moïse" (RJ), de Caio Barretto Briso e Susanna Lira, e "Samba Infinito" (RJ), de Leonardo Martinelli.
O Festival de Cinema de Gramado – mais antigo festival de cinema ininterrupto do Brasil e parte do Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul – é uma realização da Gramadotur, autarquia municipal de turismo e cultura.
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