‘Belém é um lugar magnífico para uma COP’, diz presidente da Colômbia no 1º dia da Cúpula do Clima
Gustavo Petro faz elogios a Belém e alerta para a falta de urgência dos países ricos em enfrentar a crise climática.
Durante o primeiro dia da Cúpula do Clima em Belém, que ocorreu nesta quinta (6), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, destacou a importância simbólica e estratégica da cidade como sede de um evento global de clima. Ele comparou Belém a “uma catedral imensa na segurança e na natureza” e aproveitou para criticar a falta de ação dos países mais poderosos, que, segundo ele, ainda não compreendem a urgência da crise climática devido a interesses econômicos.
"Belém do Pará me parece uma catedral imensa na segurança e na natureza", afirmou Petro, fazendo uma analogia com a importância da Amazônia para o equilíbrio ecológico do planeta. A fala reforçou o simbolismo de Belém como um local estratégico para discussões sobre mudanças climáticas, justamente pela proximidade com a maior floresta tropical do mundo, que desempenha papel crucial no combate ao aquecimento global.
Crítica aos países mais poderosos
Em seguida, o presidente colombiano apontou o comportamento das nações mais ricas como um dos maiores desafios na luta contra as mudanças climáticas.
"Os países mais poderosos não têm muito claro a necessidade urgente da importância da vida", afirmou Petro, acusando essas nações de priorizarem interesses econômicos em detrimento da ação climática necessária.
Para o presidente, a crise climática não pode ser tratada apenas como um tema de longo prazo, e a falta de um compromisso real das grandes potências pode comprometer o futuro do planeta.
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Expectativas para o 2º dia da Cúpula
Nesta sexta-feira (07), o encontro segue com a continuidade das discussões sobre a crise climática. A programação oficial da Cúpula dos Líderes prevê uma série de atividades centrais, incluindo a tradicional foto oficial dos chefes de Estado, marcada para às 10h, e uma plenária onde as delegações apresentarão suas propostas para enfrentar a crise climática.
Neste dia, devem ser anunciados novos compromissos de cooperação internacional, especialmente no que diz respeito à redução de emissões de carbono e à implementação de políticas públicas sustentáveis.
A transição energética e o Acordo de Paris
O dia também será marcado por sessões temáticas que discutirão a transição energética e o impacto do Acordo de Paris. No fim da manhã, entre 11h e 13h, os líderes mundiais irão debater o caminho para substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia renovável, como solar e eólica. A transição energética justa, que leva em conta os desafios dos países em desenvolvimento, também estará no centro da conversa.
À tarde, a discussão se concentrará nos 10 anos do Acordo de Paris, com foco nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), ou seja, as metas de cada país para reduzir suas emissões. O financiamento climático, crucial para apoiar os países mais vulneráveis, também será um dos temas centrais da tarde, com discussões sobre como garantir que esses países tenham recursos suficientes para implementar políticas climáticas eficazes.
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