Semana intensa de mobilizações: brasileiros esperam soluções mais práticas Rodolfo Marques 03.05.19 12h00 No último dia 01⁰ de maio, houve a marca cronológica do Dia Internacional do Trabalho. Houve várias manifestações de trabalhadores e líderes políticos nas principais cidades brasileiras. E o Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), fez um pronunciamento à nação, com duração aproximada de 2 minutos, destacando a assinatura da Medida Provisória 881/2019 (MP da Liberdade Econômica), com o objetivo de incentivar o empreendedorismo e eliminar processos burocráticos para a ação econômica de pessoas físicas e jurídicas. No papel, em 17 pontos fundamentais, a proposta se mostra positiva ao ampliar o campo de possibilidades de atuação profissional – reflexo do perfil liberal do Ministro da Economia, Paulo Guedes. Resta saber, a médio e longo prazos, se o Governo Federal sustentará essa premissa, em especial considerando-se todo o histórico intervencionista do Presidente da República. Dentro desse contexto do Dia do Trabalho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há a marca aproximada de 13 milhões de desempregados, o que causa um grande desconforto dentro do país. Apesar de o número ter se “estabilizado”, a marca continua extremamente negativa, ainda mais com o aumento progressivo do número de pessoas da População Economicamente Ativa sem ter a carteira de trabalho assinada. Também dentro da mesma temática, a Reforma da Previdência entrou em uma nova etapa – as discussões dentro da Comissão Especial que, dentro do Congresso, vai tratar de detalhes a respeito do projeto encaminhado pelo Ministério da Economia. O trâmite continua ainda muito lento, embora a temática tenha sido eleita como prioritária pelo presidente Bolsonaro. Outro fato importante na última semana foi a decisão do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, em realizar um corte de 30% dos recursos das Universidades Federais, além de um investimento menor em cursos de Filosofia, de Sociologia e das demais Ciências Humanas. O corte inicial seria em três instituições (UnB, UFPA e UFF), que teriam, segundo o titular do MEC, um baixo desempenho acadêmico e por ter patrocinado manifestações de “balbúrdia” O movimento político do ministro indicou a mobilização da atual gestão de promover uma guerra ideológica contra o chamado “marxismo cultural”, em especial no âmbito das universidades. No campo internacional, também chamou a atenção a questão da crise socio-político-econômica da Venezuela, com o acirramento dos conflitos no país e a briga gerada a partir do governo autocrata de Nicolás Maduro e de oposição ainda desarticulada e liderada por Juan Guaidó. O Brasil, que vem falhando muito nas relações diplomáticas nos últimos meses, acompanha a situação como espectador, mesmo se considerando uma imigração em massa de venezuelanos para o território brasileiro, em especial na região Norte. Com uma semana intensa de tantos acontecimentos de mobilização social e política, cabe aos brasileiros a espera de que o governo federal possa, em algum momento, ter um foco efetivo de ações que priorizem políticas públicas de empregabilidade e da recuperação econômica do país, com mais oportunidades para o conjunto da sociedade. Não é possível cobrar resultados imediatos, mas já é tempo de o Brasil buscar uma condução mais concreta aos bens coletivos. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques direito política COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09