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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Semana intensa de mobilizações: brasileiros esperam soluções mais práticas

Rodolfo Marques

No último dia 01⁰ de maio, houve a marca cronológica do Dia Internacional do Trabalho. Houve várias manifestações de trabalhadores e líderes políticos nas principais cidades brasileiras. E o Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), fez um pronunciamento à nação, com duração aproximada de 2 minutos, destacando a assinatura da Medida Provisória 881/2019 (MP da Liberdade Econômica), com o objetivo de incentivar o empreendedorismo e eliminar processos burocráticos para a ação econômica de pessoas físicas e jurídicas. No papel, em 17 pontos fundamentais, a proposta se mostra positiva ao ampliar o campo de possibilidades de atuação profissional – reflexo do perfil liberal do Ministro da Economia, Paulo Guedes. Resta saber, a médio e longo prazos, se o Governo Federal sustentará essa premissa, em especial considerando-se todo o histórico intervencionista do Presidente da República.

Dentro desse contexto do Dia do Trabalho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há a marca aproximada de 13 milhões de desempregados, o que causa um grande desconforto dentro do país. Apesar de o número ter se “estabilizado”, a marca continua extremamente negativa, ainda mais com o aumento progressivo do número de pessoas da População Economicamente Ativa sem ter a carteira de trabalho assinada.

Também dentro da mesma temática, a Reforma da Previdência entrou em uma nova etapa – as discussões dentro da Comissão Especial que, dentro do Congresso, vai tratar de detalhes a respeito do projeto encaminhado pelo Ministério da Economia. O trâmite continua ainda muito lento, embora a temática tenha sido eleita como prioritária pelo presidente Bolsonaro.

Outro fato importante na última semana foi a decisão do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, em realizar um corte de 30% dos recursos das Universidades Federais, além de um investimento menor em cursos de Filosofia, de Sociologia e das demais Ciências Humanas. O corte inicial seria em três instituições (UnB, UFPA e UFF), que teriam, segundo o titular do MEC, um baixo desempenho acadêmico e por ter patrocinado manifestações de “balbúrdia” O movimento político do ministro indicou a mobilização da atual gestão de promover uma guerra ideológica contra o chamado “marxismo cultural”, em especial no âmbito das universidades.

No campo internacional, também chamou a atenção a questão da crise socio-político-econômica da Venezuela, com o acirramento dos conflitos no país e a briga gerada a partir do governo autocrata de Nicolás Maduro e de oposição ainda desarticulada e liderada por Juan Guaidó. O Brasil, que vem falhando muito nas relações diplomáticas nos últimos meses, acompanha a situação como espectador, mesmo se considerando uma imigração em massa de venezuelanos para o território brasileiro, em especial na região Norte.

Com uma semana intensa de tantos acontecimentos de mobilização social e política, cabe aos brasileiros a espera de que o governo federal possa, em algum momento, ter um foco efetivo de ações que priorizem políticas públicas de empregabilidade e da recuperação econômica do país, com mais oportunidades para o conjunto da sociedade. Não é possível cobrar resultados imediatos, mas já é tempo de o Brasil buscar uma condução mais concreta aos bens coletivos.

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