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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente

Rodolfo Marques

As pesquisas a respeito da popularidade do presidente Lula (PT-SP) e de seu governo, no mês de março, trouxeram algumas preocupações para o núcleo mais próximo da gestão federal. Não há dúvidas de que as manifestações bolsonaristas ocorridas em 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, tiveram impacto neste cenário de queda de aprovação e de incremento da reprovação.

A inflação dos alimentos, por exemplo, retira percentuais de apoio ao presidente da República, mesmo que em paralelo à busca do equilíbrio fiscal e na redução contínua do desemprego,

Para além de decisões gerenciais e da escolha de prioridades, que são inerentes ao poder executivo, há uma grande discussão a respeito do uso das ferramentas de comunicação por parte do governo federal.

A direita e a extrema-direita, que estão na oposição, lideradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), há anos demonstram uma maior facilidade de manejo com as ferramentas de comunicação, principalmente nas plataformas digitais. As ações – incluindo mecanismos de desinformação – são desenvolvidas de forma muito mais orgânica e efetiva.

Um dos desafios do governo, principalmente a partir da Secretaria de Comunicação Social, pasta do ministro Paulo Pimenta (PT-RS), está em buscar evitar algumas falas mais polêmicas do presidente Lula e, ao mesmo, maximizar as realizações do governo, focando nas melhorias para a população como um todo – e não somente para quem votou no então candidato petista em 2022. O marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula, Sidônio Palmeira, tem participado de encontros com a direção do PT para a busca de alternativas para melhorar os índices de aprovação ao presidente e ao próprio governo.

Nas primeiras semanas de abril, o governo massificou a comunicação com o slogan “Fé no Brasil”, com o claro intuito de ampliar o diálogo com a população evangélica e para buscar parcelas do eleitorado do centro (cerca de 25% da população), que optou por Lula em 2022 de forma pontual, também como uma forma de evitar uma continuidade de Jair Bolsonaro no poder.

A ideia também parece buscar um maior alcance coletivo, deixando a polarização um pouco de lado e partindo para discurso e para ações que contemplem mais o consenso e as convergências. É sempre importante pensar nos meios utilizados e na linguagem escolhida para conversar com os diferentes públicos e para ter uma comunicação de sucesso – e assertiva.

Aos poucos, portanto, a comunicação do governo – e o próprio governo – precisam passar a mensagem para a sociedade de que o governo Bolsonaro (2019-2022) é uma “página virada”. As consequências do mau governo de Bolsonaro, atestadas na preferência dos eleitores no último pleito, ainda estarão presentes por um tempo, mas existe a necessidade de seguir em frente.

Embora o ex-presidente tenha ainda muito apoio popular, o governo Lula deve focar nas conquistas já obtidas – principalmente nos campos econômico e social – e na consolidação democrática. E melhorar a forma de divulgar t

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