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Dicas de Concursos

Karina Jaques

Professora de Direito Constitucional, Palestrante, Mentora e Advogada. Especialista em Concursos Públicos e Exame da OAB e autora da Editora Saraiva em diversas obras voltadas para o seu público.

Concursos Públicos: quando o excesso de dificuldades se torna um desserviço

Karina Jaques

Os concursos públicos têm por finalidade selecionar os candidatos mais capacitados para servir à sociedade, atendendo às demandas da Administração Pública com eficiência, legalidade e impessoalidade. No entanto, nos últimos tempos, temos assistido a uma preocupante escalada na dificuldade das provas — muitas vezes beirando o inacessível.

Casos recentes ilustram bem esse cenário. No concurso do MPU, a banca FGV aplicou uma prova discursiva com temas bem distantes da realidade do órgão, como "Conquistas Espaciais (impactos e benefícios)", descolando-se da realidade da função técnica. No IBAMA, organizado pelo CEBRASPE, a prova discursiva para o cargo de Analista Administrativo cobrou itens detalhados relacionados à nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021), gerando alta taxa de anulações e reprovações.

 O ápice veio com o concurso para Promotor de Justiça do MPMS: nenhum dos candidatos foi aprovado na prova discursiva, mesmo com nota de corte abaixo de 6,0, havendo reprovação por 0,05 ponto, ou seja, houve candidato reprovado por 5 décimos. Surgem os questionamentos: será que candidatos que já chegaram na fase discursiva devem ser reprovados por 5 décimos, a ponto de não passar nenhum candidato para a fase oral? É uma seleção dos melhores candidatos para provimento de vacâncias ou um evento para inflar o ego das bancas e dos avaliadores?

Outro exemplo que gera apreensão é o conteúdo programático de Informática do concurso da Polícia Federal, cujo nível técnico de conhecimento exigido equivale ao de um especialista em TI, embora os cargos exijam apenas nível superior em qualquer área. Vamos aguardar a prova que será aplicada pela banca CEBRASPE e torcer para que a prova seja difícil, mas não impossível.

Essas provas, ao invés de selecionar os melhores, têm afastado bons candidatos e contribuído para o desabastecimento da força de trabalho do setor público. Criar barreiras inalcançáveis prejudica tanto os concurseiros quanto a própria administração, que segue com vagas ociosas e serviços comprometidos.

É preciso repensar o modelo de cobrança e restabelecer o equilíbrio entre rigor e razoabilidade. Selecionar os melhores não pode significar excluir todos.

Professora Letícia Carvalho fala sobre Arquivologia no edital da Polícia Federal      

Para auxiliar quem vai fazer a prova da Polícia Federal, a coluna entrevistou a Professora Letícia Carvalho, que deu as seguintes orientações:     

1 - Estude até a véspera da prova, toda hora é hora de estudar.     

2 - Treinar questões CEBRASPE, especialmente da área policial e administrativa. 

Para acessar a íntegra dessa e de outras entrevistas sobre concursos públicos, entre na área O Liberal Concursos, no Youtube, e nos siga nas redes sociais @oliberal e @professorakarinajaques.

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Karina Jaques
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