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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Homenagem: no paladar e em ligações afetivas, Pelé foi um pouco paraense

Carlos Ferreira
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Nos últimos anos de vida, Pelé tornou-se um pouco paraense saboreando açaí, cupuaçu, bacuri e outras delícias do Pará. Também usava óleo de andiroba, copaíba e outras soluções medicinais da nossa região, que ganhava de um amigo que conheceu através de outro amigo paraense.

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Pelé era tão abençoado que no amistoso Remo 4 a 9 Santos (cinco gols do Rei), no Baenão, em 1965, teve como espectador alguém que se tornaria seu irmão no mundo da bola: Manoel Maria.

image Amistoso do Santos contra o Remo, em 1965, fez Pelé vestir o manto azulino (Arquivo O Liberal)

Pelé já era um gigante, com duas Copas do Mundo, quando fez a gentileza de vestir a camisa do Remo naquela ocasião. Uma expressão de humildade que completou o encanto de quem curtiu o show do rei em campo, no amistoso. Em meio ao assédio, o rei lamentou ter perdido uma medalhinha de Nossa Senhora de Nazaré. Mas o destino lhe guardava preciosa parceria com Manoel Maria, que estava na arquibancada, e quatro anos depois se tornaria colega de Pelé no ataque do Santos. Depois na Seleção Brasileira e também no Cosmos (Estados Unidos).

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Em 1968, o Vovô da Cidade recebeu o Rei do Futebol. Segundo ex-presidente Antônio Couceiro, mudanças foram feitas no estádio para a partida. 

Em 1968, Pelé exibiu o seu enorme talento  na Curuzu, em outro amistoso. O Santos venceu o Paysandu de Quarentinha e companhia por 3 a 1 (um gol do Rei). Em 1969, Pelé iniciou parceria em campo com o paraense Manoel Maria, a quem se referia como "irmão".

image Pelé recebe de Quarantinha uma flâmula antes de amistoso em 1968 (Arquivo O Liberal)

Uma grande amizade que se estenderia às famílias e ensejaria outras amizades de Pelé no Pará, a principal com o empresário castanhalense Wanderley Melo, de quem recebia polpas das nossas frutas, óleo de andiroba, óleo de copaíba... Wanderley virou frequentador da casa do rei e recebeu visita da esposa de Pelé, Márcia Aoki, em Castanhal. Isso também explica a foto de Pelé com a camisa do Castanhal, ao lado de Manoel Maria, para imensa honra de todos no Japiim. 

Pelo paladar e por ligações afetivas, Pelé soube o que significa a expressão "paidégua" e deve tê-la entendido como felicidade. Agora, saudade!

image Wanderley Melo ao lado de Pelé (Arquivo Pessoal)
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Carlos Ferreira
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