Um mês após a fuga, agentes fracassam nas buscas aos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró
Mesmo com forte efetivo das forças de segurança deslocado para a região, os criminosos continuam despistando os policiais

A fuga da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), a primeira na história dos presídios federais brasileiros, completa um mês nesta quinta-feira (14) sem a captura dos foragidos. Os fugitivos Deibson Cabral e Rogério da Silva, que são ligados ao Comando Vermelho (CV) do Acre, ainda não foram localizados e presos pelos agentes.
Mesmo com forte efetivo das forças de segurança deslocado para a região, os criminosos continuam despistando os agentes que participam das buscas à dupla, informou, ainda, o portal Metrópoles. Equipes de polícias locais e federais e até a Força Nacional de Segurança circulam diariamente, noite e dia, pelas imediações dos pontos onde aparecem pistas dos fugitivos. Mas, até agora, não houve sucesso.
O máximo que as polícias conseguiram foram pistas e identificar esconderijos usados pela dupla. O incidente caiu como uma crise no colo do recém-empossado ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que não tem a possibilidade política de jogar parte da responsabilidade para o antecessor - no caso, o ministro Flávio Dino, que está no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Fuga revelou sucateamento das penitenciárias federais
A crise em Mossoró acabou revelando, entre outras fragilidades, um sucateamento das penitenciárias federais, como a falta de muralhas e de câmeras de monitoramento com bom funcionamento. Servidores do presídio do Rio Grande do Norte passaram a ser investigados como suspeitos de facilitar a fuga, em uma apuração interna, e o Estadão revelou um esquema de laranjas na contratação de uma empresa responsável pela reforma da prisão.
Se na época de Dino à frente do ministério houve crises de segurança localizadas nos estados, como no Rio de Janeiro e na Bahia, agora a crise é diretamente ligada ao governo federal, já que é ele quem cuida desses presídios.
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