STF concede liberdade à controladora boliviana investigada pelo acidente aéreo da Chapecoense

A decisão foi assinada pelo ministro André Mendonça

Luciana Carvalho
fonte

A controladora responsável pela análise e aprovação do plano de voo da aeronave envolvida no desastre da Chapecoense, em 2016, Celia Castedo Monasterio, teve a liberdade concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, nesta terça-feira (29). Agora, Celia aguarda a efetivação do alvará de soltura para sair do presídio. As informações são do portal G1 Mato Grosso do Sul.

A controladora foi presa pela Polícia Federal e estava no Presídio Feminino de Corumbá (MS) desde 23 de setembro de 2021, quando Gilmar Mendes apontou que ela era "procurada pela Justiça Boliviana para responder pela suposta prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo".

A defesa da funcionária da administração de aeroportos e serviços auxiliares de navegação afirmou que o governo boliviano não formalizou o pedido de extradição e que a investigada poderá continuar a responder, adequadamente e voluntariamente, seu processo na Bolívia.

VEJA MAIS

image Avião bimotor cai dentro de supermercado e mata três pessoas
Pelo menos quatro pessoas que estavam dentro da loja também ficaram feridas

image Tragédia na China: Avião despencou de 6 mil metros em pouco mais de dois minutos
Companhia aérea confirmou mortes, mas sem fornecer número de vítimas

Entenda o caso

Celia foi a responsável pela análise e aprovação do plano de voo do avião que caiu perto do aeroporto internacional José Maria Cordova, próximo à Medellin, na Colômbia, em 29 de novembro de 2016. Ao todo, 71 pessoas morreram na tragédia que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para a final da Copa Sul-Americana de 2016.

Na época, Celia teria deixado, de forma fraudulenta, de observar procedimentos mínimos para aprovação do plano de voo da aeronave. O plano de voo do avião da Lamia, assinado por Celia, que transportava o time da Chapecoense, mostrou que o piloto decolou da Bolívia para a Colômbia sem combustível suficiente para enfrentar qualquer imprevisto.

Desde 2016, Celia era refugiada no Brasil e vivia, normalmente, em Corumbá. A controladora chegou a ter o pedido de refúgio renovado. Celia usou como argumento para o pedido de refúgio "perseguição" na Bolívia após as declarações sobre o acidente.

A Polícia Federal disse que Celia permanecerá reclusa em Corumbá, onde aguardará os trâmites legais para que seja entregue às autoridades bolivianas.

A defesa da controladora disse que "está tomando ciência sobre o pedido de extradição para saber qual medida tomar para garantir a permanência dela no Brasil".

(Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.)

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Brasil
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BRASIL

MAIS LIDAS EM BRASIL