Segundo preso pela morte de mulheres degoladas confessa e detalha o crime
Ele afirmou que não houve participação de terceiros no crime

William Oliveira Fonseca, de 33 anos, foi preso neste fim de semana suspeito de matar a idosa Martha Lopes Pontes, de 77 anos, e a diarista Alice Fernandes da Silva, de 51 anos, em um apartamento de alto padrão, na zona sul do Rio de Janeiro. Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), ele confessou ser o responsável por degolar as duas mulheres e detalhou como teria acontecido o crime. Com informações do UOL.
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O depoimento de William contradiz a versão dada por Jonathan Correia da Silva, seu parceiro, que foi preso na última sexta-feira (10), um dia após o crime. O comparsa havia informado que a decisão de matar as mulheres foi de William e que o crime aconteceu enquanto ele estava no banco sacando os cheques que Martha assinou enquanto era mantida refém.
Segundo William, a dupla teve acesso ao apartamento após o criminoso informar à idosa que passaria pelo imóvel para deixar um currículo, já que Jonathan trabalha como pintor e já teria prestado serviços para a mulher.
O convite para o roubo aconteceu dois dias antes e não contou com a participação de terceiros. Ele conta que foram autorizados a subir. A diarista foi a primeira a ser imobilizada. As duas tiveram as mãos e pés amarrados com fitas e lacres.
Jonathan revirava a casa procurando dinheiro. Como nenhuma quantia foi encontrada, eles ordenaram que Martha assinasse um cheque e autorizasse o saque de três cheques de R$ 5 mil. Os valores foram sacados em uma agência localizada a dez minutos do imóvel.
Ao retornar ao apartamento, William alega que o comparsa avaliou a necessidade de matar as mulheres, já que era conhecido de uma delas. Eles utilizaram uma faca na cozinha para cortar o pescoço das vítimas. Alice foi esfaqueada no banheiro, enquanto Martha no quarto.
Ainda segundo o depoimento, a dupla percebeu que Alice ainda estava viva, rastejando pelo corredor, e esfaqueou novamente a diarista. A dupla permaneceu no prédio por cerca de três horas.
Os criminosos levaram alguns pertences como joias e celulares das vítimas. Eles voltaram de metrô e dividiram o roubo entre si. William afirma que o comparsa conseguiu sacar apenas R$ 5 mil dos R$ 15 mil em cheques levados da casa.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)
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