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Implante contraceptivo hormonal será oferecido gratuitamente pelo SUS; saiba quando

Implanon, que custa até R$ 4 mil na rede privada, será disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde com investimento de R$ 245 milhões

Hannah Franco
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O Sistema Único de Saúde (SUS) vai começar a oferecer, a partir do segundo semestre de 2025, o implante contraceptivo hormonal subdérmico de etonogestrel, popularmente conhecido como Implanon. O anúncio foi feito pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira (2), durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

Com duração de até três anos e alta eficácia, o método é considerado um dos mais modernos da atualidade e custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada. A inclusão no SUS visa ampliar o acesso ao planejamento reprodutivo, especialmente entre mulheres em situação de vulnerabilidade.

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De acordo com o governo federal, o plano é distribuir 1,8 milhão de unidades até 2026, sendo 500 mil ainda este ano. O investimento estimado na compra, capacitação e estruturação da rede é de cerca de R$ 245 milhões.

Além de prevenir gestações não planejadas, o novo método também integra a estratégia do governo para reduzir a mortalidade materna, em especial entre mulheres negras, grupo que enfrenta maior vulnerabilidade no acesso à saúde. A meta do Ministério da Saúde, alinhada ao Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, é reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% entre mulheres negras até 2027.

Atualmente, o SUS oferece métodos contraceptivos como preservativos, pílulas, injetáveis, DIU de cobre, laqueadura e vasectomia. O Implanon passa a integrar a categoria dos chamados LARCs (métodos reversíveis de longa duração), da qual apenas o DIU fazia parte até então.

Quando começa a valer?

A portaria oficial que incorpora o método ao SUS será publicada nos próximos dias. A partir dessa publicação, o Ministério da Saúde terá 180 dias para estruturar a oferta, o que inclui:

  • Aquisição dos insumos;
  • Distribuição para unidades básicas de saúde (UBSs);
  • Atualização de diretrizes clínicas;
  • Capacitação e habilitação de profissionais.

A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) será a responsável por coordenar a implementação nos territórios, com a formação prática e teórica das equipes. A aplicação e retirada do implante deverão ser feitas por médicas(os) e enfermeiras(os) capacitados.

O que é o Implanon?

O Implanon é um pequeno bastão flexível com cerca de 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, semelhante a um palito de fósforo. Ele é inserido sob a pele do braço da paciente e libera doses contínuas de etonogestrel, um hormônio que impede a ovulação e dificulta a passagem de espermatozoides.

O procedimento de inserção é rápido, realizado com anestesia local, e praticamente indolor. A recomendação é que seja feito durante o período menstrual, e, no caso de mulheres em fase de amamentação, após o puerpério (cerca de 60 dias após o parto).

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