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Paisagista agredida lamenta revogação da prisão de lutador: ‘decepção’

Justiça atendeu pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Vinícius Batista Serra

O Liberal

A paisagista Elaine Caparróz, de 58 anos, lamentou a decisão tomada na última segunda-feira (31), pelo desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da Sétima Câmara Criminal do Rio de Janeiro, que atendendo a pedido da defesa, revogou a prisão do lutador Vinícius Batista Serra, de 31 anos, e substituiu por outras medidas cautelares. No dia 16 de fevereiro de 2019, Elaine foi agredida durante quatro horas em seu apartamento pelo estudante de direito e lutador. Os dois se falavam há sete meses por aplicativo de mensagens, quando ela aceitou recebê-lo em sua casa, na Barra da Tijuca. As informações são do G1 Rio de Janeiro.

"Uma tristeza profunda, uma decepção. Saber que minha vida nunca mais será a mesma e ele nem julgado foi ainda”, declarou. "Não sei nem o que dizer, o que fazer. Vou ter direito a um token para o caso dele chegar perto de mim e a tornozeleira dele apitar? Posso acionar a Patrulha Maria da Penha? Me sinto derrotada. Esse cara quase me matou e vai sair assim?", completa a paisagista, referindo-se às medidas a que Vinícius deverá se submeter.

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Segundo a defesa, Vinícius estaria sofrendo constrangimento ilegal, em razão do excesso de prazo na entrega da prestação da tutela jurisdicional pelo juízo da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Ele havia sido diagnosticado pelos peritos do estado com insanidade, portador de parassonia e transtorno de ansiedade. Porém, durante o processo, o juiz do caso determinou que o perito indicasse um segundo especialista, na área do sono, para fazer a revisão do laudo de parassonia.

Por causa dessa determinação, a Justiça de primeira instância deveria ter autorizado um novo laudo que indicasse a situação médica de Vinícius, mas, mais de um ano depois da intimação, o perito do caso ainda não fez a convocação do profissional, o que estaria gerando o constrangimento ao réu.

image Lutador Vinícius Batista Serra (Reprodução / Redes Sociais)

Na decisão que revogou a prisão, o juiz determinou ainda que Vinícius compareça todo mês em juízo, para informar e justificar atividades; não frequente academias de ginástica, clubes e locais onde se faça uso de bebidas alcoólicas; não mantenha contato, ainda que virtual, com a vítima, seus parentes e amigos ou qualquer testemunha do processo; não saia da comarca de sua residência, salvo com autorização judicial prévia; e use equipamento de monitoramento eletrônico.

O lutador responde a processo por tentativa de homicídio qualificado e crimes contra a vida. "Eu nem me recuperei ainda, e ele já vai sair. Aliás, nunca vou me recuperar. Ele atravessou a minha vida de um jeito que eu nem sei. Mas só esse ano consegui voltar a trabalhar, voltar a frequentar uma academia e a cuidar de mim", diz Elaine, que precisou gastar cerca de R$ 200 mil pra reconstruir o rosto após as agressões.

"Quando ele me agrediu, eu tinha feito um lifting e uma harmonização e perdi tudo. Meu rosto despencou. Ele afundou meu olho, quebrou meus dentes, tive que reconstruir tudo. Ainda tenho as cicatrizes das mordidas que ele me deu e sinto dor onde perfurou o meu pulmão. Eu me olho no espelho e até hoje não me reconheço", diz.

A vítima também precisou de ajuda psicológica para lidar com o medo e a síndrome do pânico, resgatar sua autoestima e aprender a lidar com o preconceito. Ela conta que chegou a ouvir "piadinhas" após ter sido agredida. "Gente que dizia que eu estava fazendo aquilo para aparecer, que dizia que me conhecia de algum lugar e dizia: 'A moça que apanhou', entre outras coisas. Até sair na rua era difícil sair. Entre em depressão, engordei 30 kg, e só agora estou conseguindo retomar a minha vida, voltando a trabalhar, a malhar, emagrecer", diz. “Espero que a Justiça faça algo antes dele agir mais uma vez. Preciso vê-lo preso e pagando por ter destruído a minha vida", conclui Elaine.

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