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Padre usava doce para atrair coroinhas e cometer abusos sexuais

A vítima fazia parte do grupo de acólitos da igreja. Religioso foi afastado pela Arquidiocese.

O LIBERAL

O relato de uma nova vítima do padre Delson Zacarias dos Santos, 47 anos, pode comprometer, ainda mais, a situação do religioso que já é alvo de uma investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por estupro de vulnerável. As informações  são do Portal Metropoles.

O caso ocorreu no Distrito Federal e a vítima procurou o portal Metrópoles para denunciar os supostos episódios de assédio e abuso sexual cometidos pelo pároco. De acordo com o relato, o religioso usava a desculpa de oferecer “doce de banana” para atrair coroinhas que integravam um grupo religioso na igreja. As revelações fizeram com que a Arquidiocese de Brasília, afastasse o padre de suas funções.

Segundo o servidor público, hoje com 31 anos, os abusos ocorreram quando ele tinha entre 14 e 15 anos, na época em que frequentava a igreja no município de Riacho Fundo, onde o líder religioso era responsável. Ainda de acordo com a vítima, o pároco passou a se tornar mais próximo, quando ele foi escolhido para participar de um grupo chamado Cerimoniários, onde só havia integrantes do sexo masculino com idades até 18 anos. “Geralmente, quando algum fiel quer entrar em determinado grupo da igreja, procura-se a pastoral, depois faz uma reunião e pronto. No caso dos Cerimoniários, quem fazia a escolha, pessoalmente, era o padre Zacarias. Esse grupo era o mais próximo dele”, explicou.

Durante uma noite, em 2004, o padre passou de carro na frente da casa do então adolescente. "Ele buzinou e fez o convite. Minha mãe, que é muito católica e frequentava aquela igreja, avisou que o padre Zacarias estava me chamando. Quando cheguei no lado de fora, ele me falou para entrar que iríamos até a casa dele pegar um doce de banana que ele havia feito para minha mãe”, lembrou.

 

Doce de Banana

No relato, a vítima conta que quando chegou à casa do pároco, a atitude dele mudou. O religioso o chamou para o quarto e fez uma pergunta direta. “Ele quis saber se eu tinha o costume de me masturbar. Respondi que sim, achando que ele fosse me corrigir. Depois, pediu que eu tirasse a blusa, pois queria ver se eu era magrinho. Em seguida, pediu para ver minhas ‘coxinhas’. Naquele momento, o padre foi além e pediu para que eu tirasse o short”, descreveu.

O rapaz disse ainda, que nesse momento, o pároco pegou uma câmera digital e disse que faria algumas fotos do adolescente. “Ele pediu para que eu ficasse de cueca. Naquele momento, fiquei com o corpo todo tremendo, mas tive a reação de dizer que queria ir embora. Ele, então, me levou de volta, sem dizer uma palavra durante o trajeto até a minha casa”, recordou.

Assustado com a situação, o jovem resolveu contar aos pais o que havia ocorrido e decidiram afastar, imediatamente, o adolescente da igreja. “Passei a frequentar outra paróquia no Riacho Fundo e meus pais ainda procuraram outras pessoas ligadas à Arquidiocese de Brasília para contar o que estava ocorrendo e a resposta foi que o meu caso não era o único”, disse.

Brasil