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Nas redes sociais, Kat Torres deu receita de 'banho alienígena' e ameaçou 'haters'

As receitas inclui bichos de pelúcia, sais de banho, produtos para tratamento de pele, fitas brilhantes, balas sortidas, lâmina de barbear

Luciana Carvalho
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A página no Facebook é uma das contas ainda ativas de Kat Torres, como é conhecida a influenciadora paraense Katiuscia Torres Soares. Ela deletou a página do Instagram em meados de outubro após o início das denúncias de charlatanismo e tráfico humano. As informações são da Folha de S.Paulo.

"Olá, divas alienígenas", diz Kat Torres em um vídeo publicado na sua página ainda disponível do Facebook em março deste ano. Nele, ela ensina o passo a passo para preparar para um banho alienígena. A receita inclui bichos de pelúcia, sais de banho, produtos para tratamento de pele, fitas brilhantes, balas sortidas, bolas, ovos de plástico colorido e lâmina de barbear. "Somos alienígenas, não nos machucamos", defende a influencer. Ela ressalta ser essencial que todos os artigos sejam derramados na banheira com a embalagem.

A influenciadora se definia como modelo, atriz e vidente terapêutica. Em seu site, prometia resolver problemas de forma milagrosa com planos mensais e anuais que podiam chegar a R$ 700.

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Aos seguidores, ela dizia não acreditar em investir dinheiro e que, quando precisava, este aparecia. Sobre o pedido de ajuda, afirmou ter sido uma oportunidade aos seus seguidores. "Quem me ajuda, se ajuda. Era uma chance. Quem pegou, pegou", escreveu.

Paraense e ostentadora

Torres nasceu em Belém do Pará. De família pobre, contava nas redes sociais que por vezes sua família não tinha comida. "Até na rua já moramos", relatou ela em um post de 2017. Nesse mesmo ano, em entrevista a Amaury Junior, ela afirmou que escreveu o livro "A Voz" em transe e que pertencia a uma comunidade na qual tomava ayahuasca. Também disse que ajudava as pessoas a escutarem a voz da vida delas

Nas redes sociais, ela apresentava versões contraditórias. Em alguns posts, ostentava em hotéis cinco estrelas e vestia roupas de grifes, enquanto em outros pedia dinheiro e afirmava passar necessidades. "Vocês só precisam me enviar todo o dinheiro que puderem doar", escreveu ela em março deste ano.

História com supostos inimigos

Já a persona "good vibes" dava lugar a outra quando era criticada e, por vezes, ameaçava "haters", seus inimigos virtuais. Quando criticada, a influenciadora expunha os "haters" nas redes.

 Um desses casos foi o do arquiteto e ativista pela equidade racial Antonio Isuperio. Em 2021, ele a criticou no Instagram. Após o episódio, Torres divulgou nas redes sociais o telefone dele e pediu aos seguidores para denunciarem sua conta. A partir daí, ele passou a receber ameaças de morte.

Isuperio levou o caso à polícia em Nova York, nos Estados Unidos, onde vive, e ao Ministério Público Federal (MPF) brasileiro. "Se não fosse branca, não conseguiria ser essa charlatã", disse o arquiteto.

As suspeitas contra Torres começaram a ganhar força nas redes por meio da conta no Instagram Vítimas da Voz, criada por parentes e amigos de uma jovem que foi morar com ela nos EUA e sumiu. A suposta vítima deletou as redes sociais e aplicativos de mensagens e interrompeu todo contato com a família. Depois de uma campanha na internet, a jovem procurada pela família foi encontrada. O caso originou um boletim de ocorrência por suspeita de tráfico humano e uma campanha nas redes. Outras pessoas passaram, então, a denunciá-la. 

Advogado de Torres, Rodrigo Menezes declarou, por meio de nota, que desconhece os dados vazados de pessoas que a criticavam. Em relação às acusações, afirmou serem infundadas e que Torres "jamais praticou os crimes de que está sendo acusada".

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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