Médico queria dormir e se recusa a tirar dúvida de filha de idosa que morreu; vídeo
"Fecha a porta, deixa eu dormir", disse o médico plantonista que se recusou a tirar dúvida de filha de idosa que morreu em policlínica de São Paulo
Um médico plantonista da Policlínica do bairro Capela, de Vinhedo, em São Paulo, foi filmado se recusando a tirar uma dúvida da filha de uma paciente idosa que morreu na unidade de saúde, pois queria dormir. Assista:
No vídeo, a filha da falecida aparece na porta de uma sala querendo tirar uma dúvida com o médico, que sempre recusa. "Mas eu não quero saber, ela tá morta, não tem mais nada para conversar", diz o profissional da saúde, que aparece deitado em uma maca com as luzes da sala apagadas. "Eu sei", diz a filha da idosa. "Então, senhora. Deixa eu dormir porque ela morreu, não tem mais nada para fazer por ela. Tá bom?", reafirma o médico. "Eu só quero tirar uma dúvida", insiste a mulher. "Não tem dúvida nenhuma. Ela está lá, morta. Ela já chegou morta. Fecha a porta pra mim, deixa eu dormir", finaliza o plantonista.
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Segundo a Prefeitura de Vinhedo, ao g1, será analisada a conduta do médico, que foi afastado do trabalho, inicialmente, por 60 dias, necessário enquanto durar o procedimento de apuração disciplinar. A administração municipal informou ainda que a enfermeira que aparece nas imagens também será investigada por levar a filha de uma paciente a uma área restrita da unidade de saúde.
"Foi instaurado processo de apuração disciplinar dos profissionais envolvidos. Em tempo, durante a apuração e até a conclusão do processo legal, os servidores serão afastados temporariamente", diz a nota da Prefeitura.
A administração informou que a idosa tratava uma leucemia. Ela havia passado mal na sexta-feira (5), recebeu alta no sábado (6) e passou mal novamente no domingo (7), quando veio a óbito.
Nota da Prefeitura de Vinhedo
A Prefeitura de Vinhedo informa que, diante dos fatos ocorridos no último fim de semana, na Policlínica da Capela, foi instaurado processo de apuração disciplinar dos profissionais envolvidos.
Em tempo, durante a apuração e até a conclusão do processo legal, os servidores serão afastados temporariamente.
Novamente, pedimos desculpas pelo ocorrido e mais uma vez também manifestamos nossas condolências à família da paciente.
(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo, sob supervisão da editora web de OLiberal.com Mirelly Pires)
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