Médica picada por jararaca volta ao local um ano depois: ‘Fiquei sem sequelas’

Após mais de três anos do acidente, Dieynne Saugo vive normalmente

Lívia Ximenes
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A médica Dieynne Saugo, de 35 anos, foi surpreendida em um banho de cachoeira ao ser picada por uma jararaca. O episódio ocorreu em 2020, no Mato Grosso. Acompanhada do namorado e de um casal de amigos, Dieynne levou três picadas da cobra.

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Após mais de três anos do acidente, a médica relata, em entrevista ao UOL, que se recuperou plenamente e continua passeando pela natureza. Dieynne diz que não tem traumas, mas o medo de cobras permanece. “Eu vi a cobra caindo, senti a picada no queixo e comecei a gritar. Ela entrou no meu colete, eu puxei com a mão esquerda e ela me picou mais duas vezes. Na hora do acidente, não sabíamos qual cobra era. Só sabia que era venenosa, porque comecei a passar muito mal no momento em que tomei as picadas”, relembra.

Dieynne já havia visitado a cachoeira Serra Azul, em Rosário, no Mato Grosso. Dessa vez, acompanhada por mais três pessoas, não teve uma experiência boa. A médica explica que teve que descer de tirolesa e rodou cerca de 90 quilômetros até chegar no hotel para pegar as coisas e ir ao hospital.

“Na estrada, comecei a piorar e, no meio do caminho, o guia que estava com a gente tinha conseguido filmar a cobra e identificou que era uma jararaca. Saber qual espécie era seria muito importante para poder tomar o soro corretamente”, alerta Dieynne, que tomou o soro antibotrópico assim que chegou no pronto-socorro.

Devido à alta dos casos de covid-19, a médica teve dificuldades para conseguir um leito na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Quando conseguiu, após cinco dias, já estava com traqueostomia e uma hemorragia. A família, então, escolheu transferi-la para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Me sentia angustiada porque queria receber alta quanto antes, demorei para entender a gravidade do quadro. Mas permaneci com uma fé inabalável, confiante e forte, mesmo sabendo de todos os riscos que eu corria, tanto pelas consequências do veneno quanto da covid”, fala. Dieynne passou cerca de um mês internada, sob tratamento com antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos e anticoagulantes. A médica afirma que, após a alta, não teve sequelas e fez fisioterapia para fortalecer a musculatura e recuperar massa magra.

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Um ano depois, Dieynne voltou ao local do acidente. “Não foi na mesma cachoeira, mas foi próximo. Soube que, inclusive, o turismo aumentou muito lá após meu acidente ser divulgado”, diz. A médica aponta que seu estilo de vida saudável ajudou na recuperação.

“Não sou traumatizada, até porque vou na água, em cachoeira e tudo isso poderia remeter ao acidente, mas me tornei uma pessoa mais assustada. Qualquer coisa que encosta em mim, já levo susto”, conclui.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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